Piano.
Ah, sim, tem um piano aqui. Tanto o Caliban quanto o Ariel podem tocá-lo. Eu gosto de olhar. É estranho ter todo um ambiente dentro da sua própria cabeça, sabe, mas esse é meu refúgio. Aqui é sempre noite, por sinal. Não que saiamos muito de dentro da casa, mas eu sei que é sempre noite. Não, não é uma metáfora para tristeza ou algo assim, sempre que eu vou para lá está de noite. Acho que é culpa do Caliban. Ele gosta assim.
Eu tava pensando nisso porque gosto de conversar com eles. Não é falar só. É falar dentro da sua cabeça com duas outras pessoas aleatórias. Enfim. Acontece que eu estava dizendo tudo o que eu queria ter feito, queria ter dito. De novo.
Não é para fazer mal. Não dessa vez. É só para dizer. Mas até as melhores intenções podem virar coisas ruins. Eu acho. É. Porque eu nunca realmente disse, sabe? Eu escrevi. Isso, no meu caso, é o mesmo que dizer. Mas eu queria falar. Fazer com que as palavras se tornassem sons e coisas do gênero.
Por sinal, eu não estou triste. Não mais triste do que eu costumo ser. Acho que tem umas coisas que, depois de um tempo, você começa a dar importância. Mais que outras. Se me perguntassem o que eu faria se pudesse voltar no tempo, eu só diria que estudaria mais. Aham. Mas aí eu não seria transferida de sala e não conheceria umas coisas que conheço hoje. Incluindo professores. É, Pybore. É, Marília. Mas ainda sinto saudade do Fábio Coelho.
Sei lá, acho que quando você resolve retirar algo da sua vida, pode acabar perdendo coisas importantes. Menos estupro, bebê abortado, etc. Aí você pode voltar no tempo para evitar, sem problema.
Tô ouvindo "Under pressure", do Queen com o David Bowie. Há séculos eu procurava essa música, aí vendo o clipe de I Want to Break Free, achei. São essas coisinhas da vida, normalmente eu não vejo os vídeos que me pedem. Esse eu vi. Olha só o que aconteceu.
As pessoas me dizem - algumas - para não deixar de amar. Porque é uma coisa muito bonita. Eu não vou deixar. Não no sentindo de "aaaah, amor, amor, amor, eterno!", sabe, só no sentido de... amar. As pessoas têm uma ideia muito esquisita de amor. Sei lá, antes de você sentir, você não sabe como é.
No começo, eu achava meio ridículo aquilo de... "ser feliz pelo outro ser feliz", o amor para mim era mil vezes mais egoísta que isso. Ainda acho que é. Mas de um jeito diferente. Por mais que eu vá ficar triste, ainda desejo a felicidade do outro. Entendem? Eu preferia que fosse comigo, é claro. Se não for - e não é - sofrerei. Mas o sofrimento... ah! Lembrei: a dor é inevitável, o sofrimento opcional. É, é isso.
Aí eu lembro de um monte de gente, de um monte de coisa. Eu amo todas elas. Já disse que para mim é difícil ser indiferente? Acho que é cruel demais, a indiferença. Mesmo se for para odiar, odeie. Sei lá, odiar machuca seu coração, sim, mas não é odiar no sentido de "ARRRRGH, MORRA" é apenas no sentido de "eca, Crepúsculo", sabe?
Eu tô falando muita besteira aqui, eu sei. Lembrando sempre do minha árvore, minhas regras; onde você simplesmente não pode me xingar nos comentários. É. Só lembrando.
Acabei de tomar meu remédio para gripe e todos sabem como eu fico sob o efeito de medicação, haha. Por isso todas essas aleatoriedades. Mas elasme deixam feliz. Nem vou reler para ver se tem algum erro ou alguma contradição. Que fique aqui. Eu sou errada. Eu sou... contra... dizente.... Ou algo assim.
156 fics. Não sei porque isso me embaraça. Acho que é porque a Cah e a Júlia têm vinte e poucas (ou menos) e são tão melhores que eu. A vida não é sobre quantidade e sim sobre qualidade.
Exato! É por isso que eu acho estranho ficar. As únicas pessoas com que fiquei foram amigos meus. Eu não faço questão de ficar com caras, aliás, eu prefiro evitar isso. Meus amigos sabem disso. Eu fico envergonhada e nervosa. Porque isso me soa tão... falso. Qual o problema com o amor? Veja, é por isso que eu fico com meus amigos: eu os amo. Beijos só são outra forma de carinho.
Pessoas se agarrando em festas e depois nem se olhando no rosto... é claro, se elas estiverem apaixonadas uma pela outra pode ser vergonha. Mas apenas porque... porque não se importam mais. O quão ruim é isso? Você pode achar que é feliz ficando com vários caras ou meninas, mas sei lá. Num momento isso vai te cansar, eu acho.
Até eu estranho casais de adolescentes que ficam juntos até a vida adulta, mas isso é errado de minha parte. A gente não pode sair por aí duvidando do sentimentos das outras pessoas. Sei lá se eu tô soando hipócrita, aliás, mas eu realmente acho que tô escrevendo isso de coração. Ao menos, espero. Se bem que, ninguém vai aguentar ler esse blábláblá até o final.
Acho que o amor é importante demais para ser ignorado ou deixado de lado. Isso me dá vontade de chorar. Não chorar por mim ou algo do tipo, chorar por ele, chorar pelos outros. Chorar por aqueles que estão separados geograficamente, mas se gostam; chorar por aquele que fica a fim de milhares de meninos e não ama nenhum; chorar por aquele que tem milhares de namoradas (não ao mesmo tempo), porque sempre acaba depois de dois meses, no máximo; chorar pelo que diz que está gostando desta ou daquela e quando vemos os SMS enviados, só tem mensagens para aquele; chorar por quem não consegue se apaixonar. Chorar quando escuto Perfeição e ele diz - "não ter quem ouvir, não ter a quem amar."
Apaixonar machuca e dói, mas eu não pararia. Eu sou um pouco apaixonada por quase todas as pessoas que conheço. Quase todo mundo tem algo bonito, algo bom, algo que te faça pensar que ela será muito feliz. Eu sei que eu tenho isso. Eu devo ter isso, ao menos.
O Pybore diz que o que você enxerga nos outros, tem de sobra em você. Não concordo totalmente, mas tem um fundo verdadeiro nisso, não é?
Normalmente, eu imagino todo mundo de um jeito bonito. É sério. Leio um texto aleatório, plim, é uma pessoa bonita. Leio coisas dos meus amigos, eles são bonitos. Ah, sim, eles realmente são bonitos. Conhecendo-os na vida real. Não os imagino nem mais bonitos ou algo assim. Eles todos são lindos. Não acreditam quando eu digo isso, mas eu falo de coração.
... ah, sim. Todos são bonitos. E aí eu vejo as fotos e não era do jeito que eu imaginava, mas... ainda são bonitos. As pessoas são bonitas. Sim, eu tenho consciência de pessoas feias, só para constar. Mas é tão triste rotular alguém assim. Acho que pessoas feias são pessoas bonitas más. Ahn. Ou algo assim. Só que eu sou feia, mas não sou má. Quer dizer, eu não sou má lá no fundo do coração.
O essencial é invisível aos olhos.
É, é isso. O essencial é invisível aos olhos. Não te emociona, uma coisa dessas? Me emociona. Erico Veríssimo também, mesmo que agora eu perceba a quantidade absudar de clichês que ele usa. Ainda me emociona. Eu ainda acho bonito. Não precisa ser inovador para ser bom.
Eu tava ouvindo Perfeição. Acho que, apesar de Metal Contra as Nuvens ser minha preferida, essa também entra. Mas só na versão do Como é que se te diz eu te amo, porque quando o Renato canta do jeito normal, é uma coisa tão morta que me deixa agoniada.
"Venha, meu coração está com pressa quando a esperança está dispersa, só a verdade que liberta, chega de maldade e ilusão. Venha, o amor tem sempre a porta aberta, e vem chegando a primavera, nosso futuro recomeça, venha que o que vem é perfeição."
Que coisa bonita.
Isso me faz pensar em tantas coisas, pessoas, lugares, momentos, hoje eu acordei pensando em Harry Potter, sabe? Isso me deu uma melancolia. E uma saudade e uma vontade de não crescer. Mas eu quero crescer. Para ter coisas bonitas para contar. Eu queria ter feito umas coisas. É triste se arrepender por coisas que você não fez. Sei lá. Mas tem coisas ainda. Tem vida ainda. Eu tenho pena de morrer. É isso.
Como a vida é bonita.