sábado, 8 de junho de 2013

O que eu não queria dizer

Minha última postagem aqui foi no final do ano passado. E aí, seis meses (meu deus!) sem escrever uma palavra aqui. E eu olho para 2010 (e até 2011) e... escrever. Escrever era tudo. As palavras vinham tão facilmente e agora eu estou achando tudo tão difícil.

Eu reli o meu ano de 2010. Eu tinha quinze anos na maioria desses posts. E eu sentia tanto, tanto. Era tudo muito superficial, para mim. Não no sentido de pouco analisado, mas todas as coisas... Eu as sentia na pele. Eu chorava por histórias que não eram minhas. Eu chorava por amar tanto. 2010 deve ter sido o ano que eu mais chorei em toda a minha vida. E aí temos 2011, que eu também considero um ano bem sensível.

Mas agora. Argh. Escrever é difícil. Sentir é difícil. Eu que sempre tinha usado esse meu emocional com alguma coisa parecida com honra. Meus amigos diziam que eu era o amor. As pessoas escreviam sobre o meu coração. Teve até gente agradecendo por eu ser como eu era nos comentários.

E agora? Eu lembro disso tudo com tanto carinho e um pouco de tristeza, mas também uma frieza ruim e um tanto amarga. Eu queria saber o que está acontecendo. Parece que eu não sinto mais - mas eu ainda sinto, eu sei que sim, as coisas ainda machucam, de uma maneira ou de outra. Bem. Enfim. Não sei nem mais organizar as ideias.

Eu vou parar com esse blog. Ele não combina mais comigo - eu não queria apenas deixar de escrever aqui e que os anos passassem, eu queria que as pessoas soubessem que eu parei. Vou abrir outro e deixar o link reservado, vai que um dia eu escrevo. Talvez eu só precise de uma mudança de ares.

Eu só... eu tinha escrito tanta coisa na minha cabeça. Sobre tinta e sobre cicatrizes. Mas nada. Não consigo escrever nada. Parece que os sentimentos estão profundamente dentro de mim, de um jeito pior que... não sei.

Desculpa todo mundo. Desculpa por tudo.

2 comentários:

Mi disse...

Eu acho que eu sei como é. Quero dizer, se for a mesma coisa que eu sinto, uma hora você vai voltar a algo parecido com o que era antes (porque eu acho que nunca dá pra voltar pro "antes" totalmente). Comigo as coisas são tipos ciclos, em que um momento eu estou sentindo e escrevendo tanta, tanta coisa e em outro eu não consigo nem mesmo escrever uma palavra e não é como se não estivesse sentindo algo, porque a gente sente, só que parece que tem algo prendendo aquilo e não dá pra deixar sair.

Enfim. Que tudo dê certo pra você e não desista de escrever. Nunca. Mesmo que seja difícil ou doloroso.

(E vou confessar que eu sempre acompanhei seu blog só que nunca tinha coragem de comentar)

Bianca Caroline Schweitzer disse...

Com o que ou para quem você está se desculpando? Comigo que não é, mulhê! Tem certeza que essa mudança foi para pior? Apesar de dizer que recorda com tanto carinho. Eu posso não te conhecer, mas creio que foi para melhor e será também. Talvez sua mão esteja enferrujada apenas, não consegue compreender sua nova eu, sua nova forma de amar e compreender o mundo.
Mas eu entendo a necessidade de abrir um novo lugar, afinal ele poderá ser tudo. Não tem passado e nem pretensões até você dá-lo um nome e um caminho. Eu também "fechei" o meu blog, pois as frequências das postagens foram diminuindo e sendo objetivas, não me reconhecia mais no que escrevia anos atrás... agora algo novo poderá surgir.
Escrever é algo estranho, você pode parecer um gelo-seco, mas ser muito sensível para o mundo. Ou pode parecer delicado demais e na real ser totalmente indiferente ao mundo.
Quando resolver abrir o seu, avise-me, ok?
Cuide-se, vergamota!