domingo, 26 de dezembro de 2010

Porque te ver triste me deixa triste

Ela era uma rainha.

Bem, é claro que era uma rainha. O que ela poderia ser, além de uma rainha? E, apesar de ainda ter a cabeça bem presa ao pescoço, era uma rainha tão ou mais digna que a nobre senhorita Maria Antonieta. Ou qualquer uma das inúmeras rainhas - famosas ou não - que tiveram um fim tão triste na vida, de ter a cabeça separada do resto do corpo.

Ela era uma boa rainha. Tinha o cabelo vermelho, vestidos de bolinhas, seu coração era sua coroa; no seu quarto, uma ampulheta com uma aranha. Ela também tinha um rei, a quem amava muito e que a amava muito. Ela poderia ser uma rainha muito feliz, mas era um pouco mais difícil do que isso.

Ela tinha que acordar todos os dias e ir para um emprego onde atenderia pessoas grosseiras e mal-educadas, que nunca conseguiriam entender que ela era a porra de uma rainha e ninguém trata rainhas assim. A rainha sentia muito amor-raiva. É difícil entender esse conceito, mas caso você já tenha sentido, vai entender o que é. Muito amor-raiva na sua coroa-coração. A rainha não tinha entendido ainda que isso era o universo inteiro querendo que ela se esforçasse mais. Me esforçar mais para que, a rainha perguntaria ao universo se pudesse.

Bem, rainha, ele responderia, calmamente, existem muitas pessoas aqui, vivendo dentro de mim e eu não gosto da maioria delas. Mas eu gosto de você e sei que você é uma parte de mim. E eu quero que você sinta todo esse amor-raiva, porque eu quero que você sinta como eu me sinto. Eu estou todinho dentro de você, cara rainha, e eu quero que você veja que não é fácil ser eu. Então, eu te amo e entendo que você é uma das poucas pessoas que compreenderia a minha raiva e entenderia que, apesar dela, ainda tem muito amor aqui. Tem muito amor em você.

Só que a rainha não pode saber de nada disso, não pode ouvir coisa alguma e continua tendo amor-raiva do universo, que colocou tanto amor-raiva dentro dela. Então a rainha vai acender um cigarro, coisa que ela faz muito de vez em quando, vai ficar encostada em uma parede com fones de ouvido e vai fechar os olhos e várias manchinhas brancas se formarão por trás das pálpebras.

Ela vai respirar fundo, tragar bem mais fundo ainda, vai sentir muito amor-raiva e vai entender que passará grande parte da vida sentindo muito amor-raiva e que está tudo bem, por enquanto. Vai respirar fundo e (sem saber que milhares de súditos desejam a mesma coisa para ela) vai desejar que seja doce.


E será.

domingo, 5 de dezembro de 2010

A house is not a home

Então, eu estou com abuso daqui.

Eu olho para esse blog e para todas as coisas que eu escrevi e sinto vontade de apagar tudo, tudo, tudo. Abro essa porra para escrever um texto novo, mas só de lembrar onde ele será publicado... argh! Um nojo sobe pelos meus dedos até meu coração.

Eu pensei em mudar o layout, deixar o blog todo branco, mas na hora em que fui fazer isso, fiquei com preguiça e desisti. O que é muito triste, se você pensar bem. Eu gosto tanto daqui. Mas não me sinto mais... aqui.

É uma vontade louca de deletar todas as postagens e começar tudo de novo, mas isso não seria justo comigo, seria? Apagar tudo o que um dia eu já senti, e nem faz tanto tempo assim. Se bem que eu estou mesmo precisando apagar algumas coisas em mim. Mas deixe isso para lá.

Eu tô pensando no que porras eu faço com isso. Enfim. Eu não vou parar de escrever, eu acho, porque se tem uma coisa que eu amo mais do que viajar é escrever. Então, pronto. Vai que é só uma fase. Ou vai que esse blog deixa de existir. Sabe-se lá as reviravoltas que a vida dá.

Blábláblá. Júlia e Cah, eu amo vocês.

(sim, eu passei a noite toda lendo o blog das duas. E você, que tem vida social, como está?)

domingo, 21 de novembro de 2010

Fica aqui, ela pediu, segurando a mão dela com muita força. Ela não queria nem ter segurado, para começo de conversa, mas ele quase a obrigou. Quase, é claro, porque não disse segura aqui a minha mão, sua besta. Ele simplesmente a encarou com aqueles olhos castanhos. Olhos castanhos não deveriam ser tão bonitos, ela pensou, são olhos normais, olhos que você vê em qualquer pessoa. Menos na Europa, né, lá olhos castanhos devem ser coisas diferentes. Ou não. Que seja, ela tinha olhos azuis e nem tinha todo esse poder magnético dos olhos castanhos dele, então não importa a cor dos olhos, importa quem está olhando. O mar estava batendo bem nos pés deles, que bom que ele disse para deixar os sapatos mais longe, lá no começo da praia. Que cena romântica, ele murmurou, com um sorrisinho no canto da boca e ela sentiu o rosto ficar vermelho, tão vermelho quanto o céu, enquanto o sol se punha. Ele estava apenas brincando e ela odiava isso, porque ela não estava. Você está tão séria, está tudo bem, ele perguntou, desviando os olhos do céu e do mar para olhá-la. Ela continuou olhando em frente, balançou a cabeça negativamente. Ela pensou que queria fazer um desejo e que, se tivesse certeza de que ele se realizaria, pediria para que nunca o conhecesse. Sabia que talvez sua vida ficasse cem, duzentas vezes mais sem graça sem ele, mas iria desejar isso mesmo assim. Doía demais conhecê-lo, doía quase tanto quanto os dedos se apertando e os grãos de areia arranhando. Doía como aquela luz que cegava, o sol que se punha. Ela parou, respirou fundo e o olhou, mas agora ele que olhava para frente. Fechou os olhos, pensando na besteira que ia fazer, mas no fundo, não importava. Já estava tudo perdido, de qualquer forma. Eu te amo, ela disse, a voz com um tom sofrido indisfarçável. Ele sorriu e a olhou, eu também. Ela arregalou os olhos por uns instantes e balançou a cabeça. Não, você não tá entendendo, eu realmente... ele balançou a cabeça também. Eu entendo sim, eu entendo sim. Ele tornou a olhar para frente e ela respirou fundo, o coração acelerado. Você entende, isso quer dizer que..., ela parecia quase desesperada. Isso quer dizer que é um anoitecer muito bonito, não só porque você está aqui, ele sorriu. Isso quer dizer que, daqui a alguns anos, eu vou me arrepender de ter entendido. Ele ergueu a mão dela e deu um beijinho, soltando-a depois. Ela passou os dedos nos olhos, pegando as lágrimas. Seu idiota, disse com a voz embargada. Eu sei, ele ainda sorria. Seu idiota, seu idiota, seu idiota... Eu sei, eu sei, eu sei...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Não, gente, ele não é meu namorado. HAHA

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

E hoje em dia, como é que se diz eu te amo? E hoje em dia, como é que se diz eu te amo? E hoje em dia, vamos fazer um filme?



Eu te amo... Eu te amo... Eu te amo...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Armas contra sonhos

Legião Urbana sabia das coisas.

Eu sei que talvez eu esteja ficando repetitiva, de alguma forma estranha, sobre esse negócio de Legião. Copiando letras na capa dos módulos da escola, em folhas de caderno, nas carteiras, na lousa, no orkut, no last.fm. Mas não é culpa minha se eles simplesmente sabiam das coisas.

Ontem foi o Spirit Day, que eu perdi, mas não é esse o ponto. Sabe, tem uns meninos insuportáveis na minha sala. Estou falando sério. Eles têm todo um nível de insuportabilidade que era totalmente desconhecido pela minha pessoa. E, bem, fazendo uma comparação, são os valentões do time de futebol americano.

E por que é que eles são as pessoas legais?

Daí eu pensei e, cara, por que é que eu estou olhando para o Lado A?

[explicação: eles se autodenominam "Lado A", enquanto os outros são o "Lado B". Enfim]

Eu tava pensando em bullying, sabe, e aí eu lembrei que praticamente todas as meninas (salvo algumas exceções) do Lado B são homofóbicas. "Tem gente que está do mesmo lado que você, mas deveria estar do lado de lá." No sentido mais literal da coisa.

Só que, bem, foi o meio em que elas foram criadas, eu acho. Elas não demonstram o preconceito, mas são. E um menino que eu adoro discutir (no sentido legal da coisa. Capitalismo x Socialismo. Evangélico x Menina-que-acredita-em-Deus-mas-não-tem-religião. Eu disse que tinha um Muro de Berlim entre nós e ele disse que pularia só para dialogar comigo, haha) disse que não sabia se tinha mais medo de um homossexual ou um serial killer.

Eu cheguei em casa, me tranquei no banheiro e comecei a chorar. De completa e total raiva. E eu vim discutindo com a minha mãe todo o caminho e é impressionante que uma mulher de 50 anos criada numa família super... eh... esqueci a palavra. Rígida? Enfim, criada numa família certamente preconceituosa tem a cabeça mais aberta que mais da metade da população adolescente de uma sala de aula.

E... sei lá, eu ia escrever mais alguma coisa, mas dei uma pausa e esqueci.

A gente teve que fazer uma redação sobre bullying, um dia desses. Eu queria escrever: "Acho que todos merecem perdão, não tem consciência dos seus atos...", sabe, dar uma de Gandhi. Mas sabe o que eu quase escrevi? "MERECIAM SER ESTUPRADOS POR URSOS."

Pois é. Sabe, queridos meninos da alfabetização que me chamavam lindamente de "gorda, baleia, saco de areia"? E que puxavam meus cabelos? E que rasgavam minhas provas só porque eu tirava notas altas? Não ligo que vocês são só menininhos. E agora têm a minha idade. Eu queria perdoar vocês. Mesmo. Mas não consigo.

Não consigo porque, sempre que eu olho no espelho, vejo uma menina horrorosa, mesmo tendo gente que diz que eu sou bonita. Não consigo acreditar em elogios de outras pessoas. Não consigo acreditar em mim.

Eu odeio tanto vocês. Eu queria perdoar vocês. Um dia eu perdoo. Não hoje.

Vou ficar ouvindo Metal Contra as Nuvens até a morte. Aliás, Renato Russo, obrigada por tocar Teatro dos Vampiros para mim. Foi só um sonho, mas... nunca se sabe, né?

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

E NOSSA HISTÓÓÓÓRIA NÃO ESTARÁ
PELO AVESSO ASSIM, SEM FINAL FELIZ!
TEREMOS COISAS BONITAS PRA CONTAR...
E ATÉ LÁ, VAMOS VIVER, TEMOS MUITO AINDA POR FAZER!

NÃO OLHE PRA TRÁS, APENAS COMEÇAMOS!
O MUNDO COMEÇA AGOOORA... AAAAAH! APENAS COMEÇAMOS!

"A verdadeira Legião Urbana são vocês."
Legião Urbana sempre vence.

Coraçãozinho.

Obrigada, boa noite.

sábado, 25 de setembro de 2010

Cabelo

Então eu achei essa foto.

Agora me deu uma saudade TÃO grande do meu cabelo castanho HAHAHA

E vou aproveitar o momento para postar duas fotos que eu gosto bastante.


Pois é. Eu já tive cabelo longo e castanho e bonito. Buá.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um lugar cheio de amor


Vem pra cá, vem. Você vai gostar. É cheio de bolhas de sabão, cheio de corações flutuantes, cheio de ternura. Vem pra cá, eu tô esperando. Aqui tem cheiro de morango, aqui é o strawberry fields e você nunca precisará se preocupar. É claro, é uma pequena fuga, mas não dura muito. Ou melhor, dura, mas o efeito passa rápido. Só sei que é confortável. Só sei que tem os móveis no lugar. E tem cheiro... tem cheiro de...

sábado, 18 de setembro de 2010

Todo garoto tem

Eu tava naquela vibe Meg Cabot e coisa e tal. Não consigo desgostar dos livros dela, mesmo sabendo que levam a mesma teoria da Nora Roberts ou da SMeyer. Meg Cabot tem algo diferente, acho que... bem, é engraçadinho, não é? Tem algo mais envolvente. Ontem eu peguei o Todo Garoto Tem para reler, sabe. Fazia muito, muito tempo que eu o li. E, da primeira vez, acho que li tão rápida e desesperadamente que deixei as coisas passarem. Quando terminei de ler, fiquei pensando: okay, que porra é essa? O que todo garoto tem? E, claro, isso sempre era seguido por aquele pensamento da piadinha irônica. Enfim. Ontem, relendo e vendo como era totalmente wtf o amor da Jane e do Cal (paixão eu entendo, mas ela especifica que é amor, então né), eu percebi que esse negócio de achar amor extremamente complexo e, se você for de uma sitcom, só se referir como "a palavra com A." e ter calafrios em pensar em ouvir... bem, isso é extremamente americano. Brasileiro sabe amar até quem não conhece. E ai de quem falar que não é amor! Amor não precisa ser complicado, dã.

... Mas do que eu estava falando mesmo? Aaah, sim, depois que eu terminei de ler é que eu percebi o que a Meg quis dizer. Achei bonitinho, até previsível, mas ainda assim... Não tem uma beleza Nick & Norah, tem muito mais comédia e menos draminha adolescente, acho eu. Parece até o final de uma fanfic.

Mas eu gosto. E gostei de descobrir o que todo garoto tem.
(sem duplos sentidos)

Um coração.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Como eu queria ser no futuro







Really. Paciência para pintar um cabelo desse tamanho eu não tenho, nem a capacidade de ficar magra como esta última, mas ainda assim...

Day 28 — Someone that changed your life

Tudo estava bem

Querido Padrinho,

É estranho porque o senhor nunca vai ler essa carta, mas ela é para você. Você mudou minha vida, Padrinho - okay, talvez não você propriamente, mas aquele presente que o senhor me deu quando eu tinha cinco anos, de Natal. Lembra? Com o embrulho vermelho? Aquele livro legal?

Padrinho, nunca te agradeci direito por isso, mas muito, muito, muito obrigada por me dar Harry Potter. Mesmo. E também pela Câmara Secreta (que minha irmã fez o favor de perder), pelo Prisioneiro de Azkaban e pelo Cálice de Fogo. Os outros três minha mãe fez o favor. Mas o chute inicial foi seu.

Pensando assim: eu só tenho amigos por causa de Harry Potter. Aí você vira e diz: "mas e seus amigos que não gostam de Harry Potter?", bem, eu só os consegui depois dos amigos que gostam. Fim de papo. Então, Padrinho, obrigada por todos os meus amigos. Obrigada por me fazer gostar de ler. Obrigada pelo Harry, pelo Ron e pela Hermione. Mesmo.

Assim, eu nem sei mais o que escrever aqui. O senhor não irá ler e talvez nem entenda direito porque eu te agradeço tanto por ter me dado Harry Potter, mas minha vida poderia ser bem diferente. E antes que venha um boboca dizendo que poderia ser melhor, foda-se. Está boa o suficiente para mim, por ora.

Além do mais, obrigada por ser minha... família, agora que eu sou uma menor abandonada pelos pais, haha. Mesmo que você sempre se atrase na hora de me buscar e me deixar. Vale a pena pelas nossas discussões políticas.

... É. O principal ainda é Harry Potter. Desculpe por isso, Padrinho. Mas saiba que esse simples ato de comprar um livro de 200 e poucas páginas para a sua afilhada que tinha acabado de sair da alfabetização mudou minha vida. Obrigada por confiar em mim, já que não é todo adulto que confia que uma criança lerá um livro daqueles.

Muito obrigada.

Mesmo.

Da sua afilhada preferida.
E não é porque eu sou a única.

sábado, 11 de setembro de 2010

pré-12 de setembro

Minha Lira dos Vinte Anos sumiu.

.........

PORRA.

domingo, 5 de setembro de 2010

All she knows (Highways and broken hearts)

Piano.

Ah, sim, tem um piano aqui. Tanto o Caliban quanto o Ariel podem tocá-lo. Eu gosto de olhar. É estranho ter todo um ambiente dentro da sua própria cabeça, sabe, mas esse é meu refúgio. Aqui é sempre noite, por sinal. Não que saiamos muito de dentro da casa, mas eu sei que é sempre noite. Não, não é uma metáfora para tristeza ou algo assim, sempre que eu vou para lá está de noite. Acho que é culpa do Caliban. Ele gosta assim.

Eu tava pensando nisso porque gosto de conversar com eles. Não é falar só. É falar dentro da sua cabeça com duas outras pessoas aleatórias. Enfim. Acontece que eu estava dizendo tudo o que eu queria ter feito, queria ter dito. De novo.

Não é para fazer mal. Não dessa vez. É só para dizer. Mas até as melhores intenções podem virar coisas ruins. Eu acho. É. Porque eu nunca realmente disse, sabe? Eu escrevi. Isso, no meu caso, é o mesmo que dizer. Mas eu queria falar. Fazer com que as palavras se tornassem sons e coisas do gênero.

Por sinal, eu não estou triste. Não mais triste do que eu costumo ser. Acho que tem umas coisas que, depois de um tempo, você começa a dar importância. Mais que outras. Se me perguntassem o que eu faria se pudesse voltar no tempo, eu só diria que estudaria mais. Aham. Mas aí eu não seria transferida de sala e não conheceria umas coisas que conheço hoje. Incluindo professores. É, Pybore. É, Marília. Mas ainda sinto saudade do Fábio Coelho.

Sei lá, acho que quando você resolve retirar algo da sua vida, pode acabar perdendo coisas importantes. Menos estupro, bebê abortado, etc. Aí você pode voltar no tempo para evitar, sem problema.

Tô ouvindo "Under pressure", do Queen com o David Bowie. Há séculos eu procurava essa música, aí vendo o clipe de I Want to Break Free, achei. São essas coisinhas da vida, normalmente eu não vejo os vídeos que me pedem. Esse eu vi. Olha só o que aconteceu.

As pessoas me dizem - algumas - para não deixar de amar. Porque é uma coisa muito bonita. Eu não vou deixar. Não no sentindo de "aaaah, amor, amor, amor, eterno!", sabe, só no sentido de... amar. As pessoas têm uma ideia muito esquisita de amor. Sei lá, antes de você sentir, você não sabe como é.

No começo, eu achava meio ridículo aquilo de... "ser feliz pelo outro ser feliz", o amor para mim era mil vezes mais egoísta que isso. Ainda acho que é. Mas de um jeito diferente. Por mais que eu vá ficar triste, ainda desejo a felicidade do outro. Entendem? Eu preferia que fosse comigo, é claro. Se não for - e não é - sofrerei. Mas o sofrimento... ah! Lembrei: a dor é inevitável, o sofrimento opcional. É, é isso.

Aí eu lembro de um monte de gente, de um monte de coisa. Eu amo todas elas. Já disse que para mim é difícil ser indiferente? Acho que é cruel demais, a indiferença. Mesmo se for para odiar, odeie. Sei lá, odiar machuca seu coração, sim, mas não é odiar no sentido de "ARRRRGH, MORRA" é apenas no sentido de "eca, Crepúsculo", sabe?

Eu tô falando muita besteira aqui, eu sei. Lembrando sempre do minha árvore, minhas regras; onde você simplesmente não pode me xingar nos comentários. É. Só lembrando.

Acabei de tomar meu remédio para gripe e todos sabem como eu fico sob o efeito de medicação, haha. Por isso todas essas aleatoriedades. Mas elasme deixam feliz. Nem vou reler para ver se tem algum erro ou alguma contradição. Que fique aqui. Eu sou errada. Eu sou... contra... dizente.... Ou algo assim.

156 fics. Não sei porque isso me embaraça. Acho que é porque a Cah e a Júlia têm vinte e poucas (ou menos) e são tão melhores que eu. A vida não é sobre quantidade e sim sobre qualidade.

Exato! É por isso que eu acho estranho ficar. As únicas pessoas com que fiquei foram amigos meus. Eu não faço questão de ficar com caras, aliás, eu prefiro evitar isso. Meus amigos sabem disso. Eu fico envergonhada e nervosa. Porque isso me soa tão... falso. Qual o problema com o amor? Veja, é por isso que eu fico com meus amigos: eu os amo. Beijos só são outra forma de carinho.

Pessoas se agarrando em festas e depois nem se olhando no rosto... é claro, se elas estiverem apaixonadas uma pela outra pode ser vergonha. Mas apenas porque... porque não se importam mais. O quão ruim é isso? Você pode achar que é feliz ficando com vários caras ou meninas, mas sei lá. Num momento isso vai te cansar, eu acho.

Até eu estranho casais de adolescentes que ficam juntos até a vida adulta, mas isso é errado de minha parte. A gente não pode sair por aí duvidando do sentimentos das outras pessoas. Sei lá se eu tô soando hipócrita, aliás, mas eu realmente acho que tô escrevendo isso de coração. Ao menos, espero. Se bem que, ninguém vai aguentar ler esse blábláblá até o final.

Acho que o amor é importante demais para ser ignorado ou deixado de lado. Isso me dá vontade de chorar. Não chorar por mim ou algo do tipo, chorar por ele, chorar pelos outros. Chorar por aqueles que estão separados geograficamente, mas se gostam; chorar por aquele que fica a fim de milhares de meninos e não ama nenhum; chorar por aquele que tem milhares de namoradas (não ao mesmo tempo), porque sempre acaba depois de dois meses, no máximo; chorar pelo que diz que está gostando desta ou daquela e quando vemos os SMS enviados, só tem mensagens para aquele; chorar por quem não consegue se apaixonar. Chorar quando escuto Perfeição e ele diz - "não ter quem ouvir, não ter a quem amar."

Apaixonar machuca e dói, mas eu não pararia. Eu sou um pouco apaixonada por quase todas as pessoas que conheço. Quase todo mundo tem algo bonito, algo bom, algo que te faça pensar que ela será muito feliz. Eu sei que eu tenho isso. Eu devo ter isso, ao menos.

O Pybore diz que o que você enxerga nos outros, tem de sobra em você. Não concordo totalmente, mas tem um fundo verdadeiro nisso, não é?

Normalmente, eu imagino todo mundo de um jeito bonito. É sério. Leio um texto aleatório, plim, é uma pessoa bonita. Leio coisas dos meus amigos, eles são bonitos. Ah, sim, eles realmente são bonitos. Conhecendo-os na vida real. Não os imagino nem mais bonitos ou algo assim. Eles todos são lindos. Não acreditam quando eu digo isso, mas eu falo de coração.

... ah, sim. Todos são bonitos. E aí eu vejo as fotos e não era do jeito que eu imaginava, mas... ainda são bonitos. As pessoas são bonitas. Sim, eu tenho consciência de pessoas feias, só para constar. Mas é tão triste rotular alguém assim. Acho que pessoas feias são pessoas bonitas más. Ahn. Ou algo assim. Só que eu sou feia, mas não sou má. Quer dizer, eu não sou má lá no fundo do coração.

O essencial é invisível aos olhos.

É, é isso. O essencial é invisível aos olhos. Não te emociona, uma coisa dessas? Me emociona. Erico Veríssimo também, mesmo que agora eu perceba a quantidade absudar de clichês que ele usa. Ainda me emociona. Eu ainda acho bonito. Não precisa ser inovador para ser bom.

Eu tava ouvindo Perfeição. Acho que, apesar de Metal Contra as Nuvens ser minha preferida, essa também entra. Mas só na versão do Como é que se te diz eu te amo, porque quando o Renato canta do jeito normal, é uma coisa tão morta que me deixa agoniada.

"Venha, meu coração está com pressa quando a esperança está dispersa, só a verdade que liberta, chega de maldade e ilusão. Venha, o amor tem sempre a porta aberta, e vem chegando a primavera, nosso futuro recomeça, venha que o que vem é perfeição."

Que coisa bonita.

Isso me faz pensar em tantas coisas, pessoas, lugares, momentos, hoje eu acordei pensando em Harry Potter, sabe? Isso me deu uma melancolia. E uma saudade e uma vontade de não crescer. Mas eu quero crescer. Para ter coisas bonitas para contar. Eu queria ter feito umas coisas. É triste se arrepender por coisas que você não fez. Sei lá. Mas tem coisas ainda. Tem vida ainda. Eu tenho pena de morrer. É isso.

Como a vida é bonita.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

pequenos sonhos de olhos abertos fragmentados

Ele segura os ombros dela, tentando fazê-los parar de tremer. Caliban só olha de longe, tragando nervosamente um cigarro. A dor dela é a dor de ambos. Ariel se abaixa e tenta secar as lágrimas da menina.
- "A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar..." - ele murmura.

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- Eu gosto de você.
- Eu sei.
Ele levanta a manga da blusa dela. "Tudo, tanto, sempre".

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Areia da praia nos pés. Água nos tornozelos. Braços abertos.
Tudo fica bem.

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- Idiota. Realismo é muito melhor que Romantismo.
- Aham, Cláudia.
- Viu? Pessoas românticas tende a seguir modinhas virtuais.
- Vai pra merda. Tu só gosta porque tem o Machado e é muito cult gostar dele.
- ... Ai, droga, queria ter pensado numa resposta.
Risadas.

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- Mesmo que eu estivesse apaixonado por ti, minha opinião seria essa.
- Desistir?
- Aham.
- Não.
- Por quê? É o mais recomendável.
- ... eu vou esperar mais um pouco.

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Os dedos dele se enroscam nos cabelos dela. Ela pensa naquele, ele pensa naquele também, mas tanto faz. Está tudo bem, está tudo bem. Repita quantas vezes forem necessárias para virar verdade.

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Tremendo, tremendo, tremendo.
Lembra do Bandeira.
Trinta e três vezes.

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Agora eu vou dar um beijo nele.
Ahá, não vai nada.
Vou, sim. Só para lembrar.
Mentirosa.
... É.

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Duas ruivas. Tatuadas. Branquelas. Aeroporto.
Argh, que felicidade borbulhante.

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"Oi, então, eu gosto de ler o que tu escreve, haha. Não tenha medo."
"Que nada. Adoro stalkers."
"(L)"

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Machu Picchu. A pedra mais alta. O vento no rosto. Braços abertos.
- "EU SOU O REI DO MUNDO!"

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Johnny morreu por causa de um coração partido.
Porra, Renato.

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Ele encosta o nariz na barriga dela, mas não tem nenhuma segunda intenção por trás.
É o cheiro.
Ele simplesmente gosta.

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- Admita, - Ariel sorri. - você sabe. Um dia alguém vai amá-la.
- Duvido - Caliban arqueia as sobrancelhas. Ariel revira os olhos.
- Sabe que está mentido.
-... É, eu sei.

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- Vou mudar meu sobrenome para Terra Cambará.
- Haha.
- É sério.
- Okay, combina.

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Raio, relâmpago e trovão.

(...)

Que caia o inimigo então.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Postcards from Italy

Oi.

Sabe, você sabe que é para você, não é uma carta dos 30 Dias. É só uma mensagem. E é para você. Eu sinto saudade de você. E vontade de conversar com você. Como a gente fazia quando matava aula e coisa e tal. Eu queria te dizer umas coisas, umas milhares de coisas, mas a minha boca amarga só de pensar. Não é nada ruim de ti. Não é nada ruim de mim, também, só são coisas ruins. Mas meu coração bate tão forte e tão dor que eu não digo. Eu queria te dizer também para querer parar de ver o mundo do meu jeito. Do meu jeito, você iria querer chorar o tempo todo. Quando visse uma família na rua, você iria chorar. Quando visse um viciado em crack roubando a própria mãe, você iria chorar. Quando ouvisse a notícia de que uma criança foi violentada e morta em seguida, você ia chorar tanto, mas tanto que não ia aguentar. Quando ouvisse histórias de amor que não deram certo, você iria querer se matar de tanto medo do mesmo acontecer contigo. Mas o mesmo já estaria acontecendo contigo, e você não iria se matar. Se tu visse o mundo do meu jeito, acharia ridículo olhar-se no espelho, para ver sempre o mesmo rosto feio, o mesmo corpo feio, ouvir a mesma voz irritante.

Eu não quero que você veja o mundo como eu. Com a minha tristeza, com a minha desesperança, com a minha esperança total. Com a minha saudade. Com o meu amor incodicional por tudo e por todos. Com meu ódio por tudo que eu não consigo amar. Com a minha falta de indiferença.


Meu anjinho de cabelos enrolados, eu não julgo o modo como você vê o mundo. Eu não acho que seja melhor ou pior do jeito que eu vejo, mas é diferente. É o seu modo. E sobre o amor... você apenas ainda não entende. Só vê em parte, mas logo verá face a face.

Sobre os SMS dos teus itens enviados, tomara que dê certo. Não só sobre ela ou sobre ele, enfim, tomara que dê tudo certo para ti, de todas as formas possíveis.
Tomara que tudo dê certo. Pronto. E tomara que, um dia, você me abrace e depois procure meu cheiro na sua camisa.
Com amor, sempre,
Harry Porta.





(criei até uma tag nova, haha ♥)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O teu medo de ter medo de ter medo

x sobre as coisas que você vai perder

capa: eu, sentada num banco, só. Usando calças jeans, meu all-star veterano de guerra, uma blusa branca. Os cabelos desbotados, desarrumados, acima do ombro. Olhando para o chão – talvez, segurando uma flor. Daquelas pequeninhas, que plantam no meio da rua.

prólogo: apenas uma foto, ocupando quase toda a página. Somos nós. É o mesmo banco, mas dessa vez, eu estou com você. Você está rindo e eu estou fazendo bolhas de sabão. O céu está bem, bem, bem azul e eu nunca vou deixar de desassociar esse tom de azul a você. Dessa vez, eu estou de vestido, porque quando uso vestido, estou feliz. E estou contigo, estou feliz. Você está usando jeans, all-stars e uma blusa daquelas de abotoar na frente, que são as minhas preferidas em você. Mesmo que não combinem com jeans ou all-stars. Quem usa é você e está combinando. Embaixo da foto, escrito com caneta preta, está a seguinte frase: qualquer dia de primavera, perdido em qualquer ano do infinito que é a vida – eu e você.

página em branco.

páginas um e dois: várias fotos dessa vez, pequenas. Nós dois, no meu aniversário, trancados no quarto. Dá quase para ouvir os risinhos do lado de fora. Estamos corados. Outra foto: você segurando minhas mãos, com o rosto bem perto do meu, meus olhos quase fechados. Passamos para outra, e é seu aniversário e estou te empurrando contra a parede do seu quarto, rindo e você ri também. Tem mais e mais fotos, de beijos roubados e beijos planejados. A página dois termina com uma foto só, de nossas mãos dadas. Não tem legenda. Não precisa.

página três: é a sua letra – caneta preta, de novo. Nós gostávamos de canetas pretas. Tem coisas escritas, começa escrevendo meu nome numa tentativa de letra bonita, mas a tua letra é feia e isso me faz sorrir. E então, você continua depois da vírgula aquela cartinha que é quase poética e diz: e nossa história não estará pelo avesso assim, sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar. E até lá, vamos viver – temos muito ainda por fazer. Não olhe para trás, apenas começamos.

página quatro: é uma foto sua. Fazendo um coração, sorrindo, mordendo o lábio inferior. O cabelo preto bagunçado, a pele bronzeada, os olhos tão grandes e escuros. Essa foto não tinha legenda, mas depois de tudo, eu acabei por legendá-la. Caneta preta, é de caneta e eu não quero usar corretivo para apagar, apesar de sempre chorar quando leio: sem saber que o pra sempre sempre acaba.

página cinco até página dez: são tantas, tantas fotos. Somos nós, tantas vezes, de tantas formas diferentes. Somos nós e tudo o que foi, e nunca o que poderia ter sido, porque você deixou tudo escrito à caneta preta de lado. Usamos canetas coloridas, algumas vezes, para escrever as frases de nossas músicas preferidas ao lado de algumas fotos. Fotos de nós dois dividindo fones de ouvidos, folhas de caderno, segredos, risadas, beijos, abraços, mãos dadas, bolhas de sabão. Somos nós – e agora que você acabou com tudo, somos eu e você. Não tem mais nós. Mas ainda tenho as fotos, as fotos, as fotos. Todas com legendas. Todas com corações. É engraçado, depois de um tempo, desenhei no final da página dez outro coração. Partido.

epílogo: outra foto que ocupa toda a página. Eu encolhida contra a porta da casa, saia, botas, blusa de alça, o cabelo bagunçado. Eu encolhida contra a porta da casa, as mãos no rosto. Dá para ouvir o choro só de ver. Mas é uma foto mais complexa que isso – mostra você, do outro lado da porta, de pé, a mão na cabeça, olhando para cima. Problemas demais. Eu não legendei a foto. Ela fala por si só.

contracapa: o banco, a flor que eu segurava em cima dele e você, uma mão sobre a flor, outra sobre o rosto. Está sozinho.









(eu não sou de pedir comentários, mas dessa vez, por favor, eu preciso que alguém diga qualquer coisa. Pensem em apelos desesperados, haha)

sábado, 21 de agosto de 2010

Eu você Fortaleza

Não importa.

Não importa os nossos poros totalmente abertos, gotas imensas de suor saindo pela testa, pela nuca, pelos braços. Não importa passear pelo Dragão do Mar às três da tarde, ou sair andando pelo centro ao meio dia. Não importa as milhares de reclamações pelo calor, pelas gagantas secas, pelos olhos ardendo, pelas respirações ofegantes.

Não importa nem quando sentamos num banco da Praça do Ferreira e vem um cara nos oferecer maconha. Não importa que a Academia Cearense de Letras fique num dos lados mais perigosos do centro. Nem que a Praça dos Leões tenha se tornado um prostíbulo.

Não importa que ninguém se banhe na Praia de Iracema, com aquele mar nojento. Não importa que a Praia do Futuro esteja tão lotada de barracas que não tem nem lugar para estacionar. O que importa é correr descalço pela areia que queima a sola dos pés até chegar ao mar.

Não importa que exista a Fortaleza-Aldeota e a Fortaleza-Resto-da-Cidade. Não importa a porra dos buracos acabando com os carros, as greves de ônibus, os colégios pichados, a porra da Luiziane fazendo propaganda da própria mãe para as eleições.

Não importa.

Eu olho para o mar, as ondas que se arrastam, e eu vejo o próprio Dragão do Mar impedindo os escravos de serem comercializados. Eu olho para a Praça dos Leões e vejo as mulheres passeando com seus irmãos. Eu olho para a Igreja-cujo-nome-não-lembro e vejo os escravos sendo enterrados. Eu vejo todas essas coisas.

Vocês me fazem ver. Obrigada.

(verdes mares bravios de minha terra...)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Breve explicação fotográfica com legenda

It was only a kiss.

O sinal está fechado para nós.
Tive medo e não consegui dormir.

Olha só o que eu achei: cavalos marinhos.
É ter por quem nos mata lealdade.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Eleanor Rigby

Eleanor Rigby gostava da igreja. Talvez porque houvesse passado tantos e tantos anos da sua vida lá. Quando era menina, sua mãe fazia ir todos os domingos. Quando se casou, naquela mesma igreja. E quando John se foi - ah, seu John! - naquela maldita guerra... Quem mais via as lágrimas que rolavam pelo rosto de Eleanor Rigby era a Virgem Maria. Talvez porque ninguém mais se importasse. Talvez porque a única pessoa que ia se ajoelhar naqueles bancos velhos de madeira era a senhora Rigby. Que as crianças conheciam só de nome, os adultos já não se importavam, afinal, ela vivia há tanto tempo naquela casa, sozinha... Nem o padre McKenzie se importava tanto assim. Sabia que ambos estavam presos às suas solidões e não queria interferir nisso. Não gostava de interferir. Eleanor já era conhecida como a senhora solitária e nada mudaria isso. Eleanor Rigby gostava de apoiar os braços na janela e lembrar quando era moça e John estava ao seu lado. Mas John Rigby estava morto e Eleanor Rigby era só uma senhora solitária. Quando Eleanor Rigby morreu, ninguém foi ao enterro. Padre McKenzie parou de costurar suas meias e foi sozinho ao cemitério, enterrando-a. Rezou baixinho pela alma solitária de Eleanor Rigby e voltou para casa. De novo, sozinho. Ninguém estava salvo.



Eleanor Rigby chegou ao céu e não estava mais tão só assim.

domingo, 8 de agosto de 2010

Day 24 — The person that gave you your favorite memory

Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia?

Vamp's,

A maior parte dessa carta á unicamente para você, mas devemos dar uma menção honrosa para o Cord. Afinal, minhas memórias preferidas todas tiverem você, mas aquela é especial. E eu não ligo de estar imitando o Cord nisso, porque a importância foi a mesma, para os três. Ron, Harry e Hermione aprenderam isso lutando contra um trasgo montanhês, a gente aprendeu brincando nas estufas.

Quando eu lembro daquela viagem - dela como um todo, incluindo os momentos anteriores, nós três sentados numa mesa do FB2 trocando livros - me dá uma saudade tão grande... Mas é ma saudade gostosa, um calor no peito. Porque fomos nós três lá, nós três brincando de pegar gravetos no chão e jogar feitiços, nós três duelando, eu e o Cord falando que quando você lesse o quinto livro iria entender o ódio pela Dolores.

Essa memória merece um destaque especial e eu comecei por ela. Mas você não me deu só uma memória favorita, Vamp's, você me deu várias. Que são especiais para mim, porque você estava lá. Uma das coisas que eu mais lembro é quando eu não consegui te beijar. Você lembra de Rudy e da Liesel? Ah, mas não terminou de ler A Menina... Posso apenas dizer que eu era o Rudy, implorando seus beijos você era a Liesel. E quando você aceitou, eu tive medo e deixei para lá. E olhando de dentro isso me deixa tão feliz, porque prova que eu tenho alguma coisa... diferente do que eu acho que sou.

Você faz com que eu acredite em mim, Vamp's, e não existem palavras no mundo para agradecer isso.

Eu gosto de lembrar quando você veio dormir aqui em casa e ficamos tirando fotos. Eu gosto de lembrar de quando íamos nas locadoras e passávamos horas para escolher um simples filme. Eu gosto de lembrar que você foi a primeira pessoa a ver meu cabelo roxo. De você e eu assistindo D.Gray-man. De você vindo para mim com as cifras de Regret. De você tocando teclado.

Você é toda uma memória muito linda, Vamp's. Até mesmo quando discutimos por causa do Pybore, haha. Você é uma pessoa tão diferente de mim. Você é tão bonita, por dentro e por fora. E eu fico feliz sempre que lembro que eu te conheci quando você ainda parecia com a Pansy (ou: carinha de bulldog, hahaahah) e agora você é tão linda. Eu lembro que você nunca falava ao telefone, mas eu te ligava tanto que você aprendeu a conversar.

Tudo que eu lembro com você ganha mais amor, Vamp's. Você não me deu a minha memória favorita, você é.



E, no futuro, quando eu tiver um vira-tempo, vou voltar. Só para nos ver abraçadas no dia do meu aniversário-sarau.

Com todo o amor que houver nessa vida,

Morg.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Clarisse

O sangue. Clarisse não gosta muito dele, porque ele mela o banheiro e ela tem que esfregar bastante dos ladrilhos brancos, para que sua mãe não perceba. Clarisse gosta quando pode ficar só em casa, só ela e seu canivete. Ele não gosta de cortar os pulsos - tentou uma vez, mas não conseguiu deixar a lâmina penetrar na pele. Gostava de cortar os tornozelos e todas aquelas veias verdes que apareciam pela sua pele branquinha. Clarisse morde o lábio, fazendo um corte extenso do tornozelo até o joelho. Muito, muito sangue. Ela se encosta na parede do banheiro, suspirando e olhando para o teto. Naquela perspectiva, as coisas parecem tão grandes que Clarisse quase acredita em Deus. Mas ela acha que deve acreditar, já perdeu um amiga e torce para ela estar no Céu. Clarisse lembra do caminho da escola para casa e sente nojo e faz um outro corte, na parte interna da coxa. Os homens que a chamam na rua. Os homens que passam a mão pelo seu corpo. Clarisse sente os olhos cheios de lágrimas, ela não gosta dos homens. Eles são maus, eles a fazem se sentir mal. Clarisse se levanta, com muita dor. Liga o chuveiro e a água escorre, fazendo as feridas arderem e o sangue ir para o ralo. Ela não se importa com essa dor - seus pais não estão em casa, então ela poderá tomar um ou dois (quem sabe, três) calmantes e passar o resto do dia dormindo. Ela quase sorrir ao pensar na sua mãe, indo vigiá-la à noite. Levantando o lençol em busca de cortes, mas Clarisse é esperta e usa uma calça velha como pijama. A água escorre vermelha e Clarisse acha aquilo tão bonito que quase acredita em Deus.


Clarisse só tem catorze anos.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Day 25 — The person you know that is going through the worst of times

- É simples. - Abracadabra também se virou para Anne

- Feche seus olhos e simplesmente acredite em... magia. Abracadabra.

- e beijou Anne.


Tinha gosto de amor


Anne,




Eu não sei porque você esá mal, mas eu até imagino que seja a saudades de casa. Mas deve ter algo mais. Eu não me importo em não saber a razão (tudo bem, eu me importo e gostaria de saber), mas eu quero saber se você está bem. Eu preciso que você me diga que está bem, Anne. Porque quando eu vejo as suas mensagens de tristeza, eu fico triste. É sério.




Eu quero também que você saiba que pode falar comigo sempre, sempre, sempre. Nunca vai estar atrapalhando nada. Pode desabafar comigo o quanto quiser, mesmo que eu saiba que você normalmente não faz esse tipo de coisa.




Fiquei bem, Anne. Eu não consigo estender essa carta porque eu não sei pelo que você está passando, mas independente do que seja, conte comigo. E fique bem, fique bem, fique bem. Quando estiver triste, lembre-se do Lucian. Ele que segurava a sua mão quando você passava por aquele beco escuro, não é? Lembre-se da Charlotte também, porque ela adoraria você e seria muito cuidadosa na hora da sua... morte, haha. Lembre-se de toda a família Addams.

Lembre-se de todos os carinhos trocados por msn.




Você vai se lembrar, sim, porque eu nunca vou te deixar esquecer.


(muito mais que) doze beijos,




Morg.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Day 11 — A Deceased person you wish you could talk to

Assim como o poeta
Só é grande se sofrer

Oi, Álvares.

As pessoas certamente já estão sem paciência das minhas cartas para você - e isso porque elas nem viram as escritas à mão. Mas essa carta tinha que ser para você, pura e simplesmente. Eu nem irei me estender muito nela ou algo assim - já falei tanto em outras cartas, outras épocas - só direi que eu realmente desejei escrever para outra pessoa. Para o Erico Verissimo. Machado de Assis. Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade. Porque, bem, esses são normalmente os mortos com quem eu gostaria de poder falar. Mas não seria tão certo quanto escrever para você.

Mas eu vou abandonar o normal teor ultrarromântico e desejoso das minhas cartas. Eu vou falar contigo sobre porque eu te admiro. Porque você, dentre todos os mortos, é o que eu gostaria de conversar com. Você não é melhor do que nenhum daqueles lá de cima - isso não quer dizer que seja pior, é claro. Eu queria falar com você porque eles amadureceram e você não. Eles viveram tempo o suficiente para aprimorar a escrita, para ver coisas da vida e passarem para o papel. Você, não. Você teve 20 anos, nada mais que isso.

E nesses 20 anos, conseguiu fazer poesia, crônicas e uma peça. Além dos ensaios e discursos. E eles não são a obra-prima brasileira, mal estão preocupadas com o país e Solfieri não é nem um nome brasileiro. Você vivia com a cabeça na Europa. A sua poesia era... importada. Calma, sem ofensas! Até porque, como eu te ofenderia?

É só para dizer que eu te admiro. Você não teve nenhum feito heroico ou nenhuma poesia que todos saibam de cor. Mas você fez com que eu soubesse poesias suas de cor. Você fez com que eu gostasse de Literatura. Você mexeu em tanta coisa em mim, eu lia as suas palavras e só conseguia pensar no quão fantástico você era. Em como você seria se tivesse vivido mais - e aí eu imagino que poderia ser absolutamente chato e sem graça, sem o ardor adolescente.

Então, Álvares, obrigada. Você me deixa muito feliz.

E estou com preguiça de colocar uma foto.

Com amor,

Maria Sera... Ops. Morgana.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Day 23 — The last person you kissed

'Till the end when we part, I will give you my heart,
And I will promise to love you with all that it is
And I will promise to be there whenever you need me


Lolinha,

Você não é uma pessoa, mas eu usarei licença poética. Afinal, eu acabei de dar um beijo na sua barriga. A sua barriga é tão vermelha e quentinha! Enquanto eu escrevo isso, você está dormindo no meu colo. Você dorme muito, hoje nós passamos a manhã dormindo na mesma cama. Quando minha mãe disse que eu ia te ganhar, eu pensei que não seria uma dessas donas que deixam a cachorra fazer tudo o que quer ou algo assim. Bem. Ambas sabemos que não foi bem assim.

Você pode até não ser uma pessoa, mas tem tantos gostos e vontades como uma. E eu realmente não me incomodo com isso, porque quando você balança seu rabinho ou então fica lambendo meus pés compulsivamente, vale a pena. Eu até esqueço do rasguinho na contracapa do Senhor dos Anéis. Eu amo te ver dormir. Os seus olhinhos fechados são a coisa mais graciosa do mundo.

Eu te amo tanto, Lola, que nem ligo quando você fica latindo para mim seis horas da manhã. Ou me mordendo, antes de dormir. As tuas mordidinhas nem doem, são carinhosas. Eu sei porque eu já senti uma mordida de verdade sua - lembra daquela vez que tu tava mordendo um dos teus brinquedos e eu coloquei o pé sem querer? Sangrou. Então você não morde para machucar a gente.

Eu amo quando você acorda e vai se espreguiçar. É a coisa mais linda do mundo. Eu odeio quando alguém vai embora e você fica chorando na porta. Eu odeio seu chorinho, você puxa do fundo da garganta e chora e é tão triste que eu paro imediatamente o que estou fazendo só para fazer cócegas na sua barriga. Eu amo quando você toma banho e fica bem cheirosinha e se deita perto de mim, para eu ficar te acarinhando.

Sabia que eu senti muita, muita saudade de ti na viagem, sua sapeca? Sapeca, mesmo, que fica destruindo as coisas da casa. E eu ainda te defendo dos carões da minha mãe, é impressionante. É tão engraçado como todos te tratam, Lolinha: brigam com você, mas aí você faz a sua carinha desconfiada e te enchem de beijinhos!

Acabei de te dar outro beijo na barriga. Tão, tão quentinha. Eu te amo muito, viu, Lola? E eu sei que você sabe disso.



Da sua dona louca,

Morgana.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Andy, you're a star

Oi, Andy, você lembra de mim? Eu sou aquela menina que você costumava chamar de melhor amiga. Eu lembro que no colégio você arrasava como jogador de futebol. No campo, caramba, você brilhava! Eu lembro também da Lucy, a menina que você gostava. Tá, todo o colégio gostava dela e tudo o mais, mas você realmente gostava dela. A Lucy era a sua vida. Eu achava isso tão bonito, Andy, e eu ainda acho. Mesmo com todas as merdas que tu fazia - tu saía riscando os armários dos outros, escrevia "Andy" e deixava lá. Tu devia colocar uma estrelinha, sabia? Todo mundo saberia que era você. Tu era o nosso melhor jogador, Andy, e tu era um dos caras mais bonitos da cidade. Também, nossa cidadezinha minúscula de cem mil habitantes. Mas tu ainda era um dos mais bonitos. O melhor jogador do time. E eu lembro de você falando quando levou Lucy para o carro e vocês ficaram se amassando lá, mas você não quis transar. Porque essa menina era teu mundo, Andy, e tu não ia estragar uma noite maravilhosa na parte de trás de uma caminhonete velha. Eu também nem queria que tu fizesse isso, aquele carro era nosso, Andy. A propriedade estava no seu nome, mas era lá que a gente ia conversar, comer M&M's depois da aula e, às vezes, dar uns beijinhos, porque melhores amigos são para essas coisas. Às vezes eu queria que tu não fosse tão bom em tudo, Andy. Porque os olheiros te encontraram e agora tu tá aí, jogando futebol num time grande e eu tô aqui, ensinando Física na nossa antiga escola. Aí eu olho para o campo e lembro de você, olho para os armários e vejo seu nome em todos eles. Fico me perguntando: a escola é pobre ou ninguém nunca teve coragem de tirar teu nome daí? Mesmo sabendo que é a primeira, eu prefiro acreditar na segunda. Às vezes, eu passo pela Lucy, andando na rua. Ela casou com o David, acho que tu sabe disso. Bem, é a vida. A sua vida corrida não é uma vida que a Lucy aguentaria, mesmo sabendo que você a amava tanto. Ela tá feliz. Eu também. E você também, Andy, porque tu nasceu para ser feliz. Tu é uma estrela, sabia? Para mim e para mais ninguém.

Day 20 — The one that broke your heart the hardest

Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar


Oi, Cord.

Eu não queria ter que escrever essa carta para você. Eu não queria ter que usar esse trecho de Mais uma vez" para você. Mas... é a vida. Acontece. Eu te amei tanto, tanto, tanto, Cord, que meu coraçãozinho remendado ainda dói quando eu penso nisso, sabia? Eu te amei tanto que me dava vontade de chorar só de pensar no quanto eu te amava. Não era um amor normal, Cord, era um amor doente. Não doentio, não era uma fanfic dramática do FF. Era só... doente. Porque eu não conseguia tirá-lo do meu coração ou qualquer coisa assim. Ele só ficava lá, doendo. Eu te via "gostando" de tantas outras pessoas, sem nunca gostar de nenhuma realmente e ficava daquele jeito de "Por que não eu?"

É até melhor você nunca ter se apaixonado por mim, porque - e aí, entra o trecho da música, que eu peço desculpas um milhão de vezes por ter sido utilizado - você iria desistir de mim fácil. Facinho, facinho. Ia se cansar de mim mais rápido do que se cansou da Vamp's ou do Átila. E ia doer mais, mais e mais. E ainda estaria doendo. Então, deixa para me amar desse jeito só quando a gente for se casar, haha.

Cord, o que mais dói é que tu é meu melhor amigo. Meu melhor amigo. E eu não tô te culpando de nada, a culpa é minha mesmo, de ter me apaixonado por você. Afinal, tu nunca dava brechas para mim ou algo do tipo. Simplesmente aconteceu. E eu era tão ridícula - tão, mesmo, eu queria te fazer sofrer, só um pouquinho. Eu vivia repetindo para ti o quanto te amava, o quanto me deixava triste o fato de você não me amar de volta... Isso porque - como eu sempre digo - eu sou uma pessoa horrível. Desculpa por isso, tá? Eu sei que você provavelmente não liga agora, ou algo assim, mas desculpa do mesmo jeito. Eu só queria que você sentisse um pouco da dor que eu sentia todos os dias.

Desde que você não-gostou de mim, eu nunca mais consegui gostar de ninguém. Ou ter confiança o suficiente para só ficar com outras pessoas. Eu não gosto de ficar. É estranho. Por isso, eu fiquei só com amigos - isso inclui você e nossos primeiros beijos, é claro. Eu não sou uma pessoa de ficar, Cord, amor é importante demais para mim. E tu... desculpa de novo, mas tu - ainda - não é uma pessoa-amor. Tu só quer ficar com várias pessoas e, o que te torna mais ridículo do que eu, não consegue tomar coragem para chegar numa menina e por isso, fica saturando o Átila. Eu ainda tô com raiva dele por causa das coisas que ele fez no SANA, mas ele não merece o que tu faz com ele. Tu também tá quebrando o coração dele, sabia?

Mesmo que ele fique dizendo que não, mesmo que ele que busque os teus beijos, mesmo que tudo isso, é só o mesmo... amor doente. E você sabe disso. Então, faça com que ele pare, antes que se destrua. E não faça com ninguém o que tu fez comigo. E a culpa não é sua, mas se tu não consegue amar as pessoas, não fique dando esperanças.

Eu quero muito que você encontre alguém que ame de verdade, Cord. E eu quero que isso aconteça comigo também, haha, um médico para cuidar das feridinhas do meu coração. E não tem problema se você quiser me amar, antes do nosso casamento, aliás. Só que aí eu vou rir da tua cara e te chutar com minhas botas all-stars.

Brincadeirinha.

Com amor sempre,

Morgana.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Day 17 — Someone from your childhood

Oh, I'm begging you no
There's more life left to go
Oh, I'm begging you please
'Cause I don't want you to live



Querido JP,

Agora, eu não lembro mais se era João Pedro ou João Paulo. Eu não lembro nem do seu rosto, ou do seu sorriso... Eu não lembro mais de você. E isso deveria doer, eu sei que deveria. Mas não dói. Não mais. Acho que, quando eu falei sobre você para os meus amigos, parou de doer. Ou a dor passou apenas para um formigamento leve. Eu sei que você iria querer que tivesse sarado instantaneamente, mas veja bem. Você era meu único amigo. Você tinha me beijado. Sabe o qual a importância disso para uma garota de cinco anos, vítima de bullying?

Eu sinto muito por ter te escondido durante tanto tempo. É que eu sentia como se você... não sei. Talvez as outras pessoas não deveriam saber sobre você, mas eu tinha que contar. Eu somente... tinha. Eu acho que você me perdoaria por qualquer coisa, afinal de contas.

Você existiu mesmo? Sabe, é uma pergunta boba, mas às vezes eu imagino se você era um ser humano de verdade. Tu tinha o que? Sete? Oito, nove, dez? Quantos anos você tinha? Não lembro de nada. Só tenho a pulseirinha guardada em algum lugar - desculpa, deveria ser tão especial e eu nem consigo me lembrar onde ela está - e me lembro do seu beijinho. Só isso. Você é um... perfume. Um perfume que eu senti há tempos e queria conseguir me lembrar bem do cheiro, mas só tenho uma vaga noção.

Mudei de assunto, não foi? Vou te perguntar de novo: você existe mesmo? Eu acredito em Deus, sabe, eu preciso acreditar, eu não suporto pensar que é só isso aqui. Então eu olho para o Céu e penso que você está lá. Na verdade, eu tenho certeza absoluta que você está lá. Que você sempre pertenceu ao Céu. E é clichê e bobo, mas você não é um anjo? Porque parece. Parece muito com um. Não sei, não sei. Eu acredito, egocentricamente, que tu só existiu para mim. Quem eram os teus outros amigos? Tu era que nem eu. Tu não tinha amigos, também.

Eu fico triste. Eu queria que você ainda estivesse aqui, no bloco A. Daí a gente se veria todos os dias. Daí a gente teria crescido junto e eu não seria tão complexada com essas coisas de amizade. Daí eu te amaria mais e mais e você também me amaria e nós ficaríamos juntos para sempre, porque é assim que tem que ser. Digo, era assim que tinha que ser. Porque, mesmo que apareça alguém dizendo que nós poderíamos ter nos separado, eu não acredito nisso. A gente estaria junto para sempre.

Mas estamos, não é? Afinal, onde quer que eu vá, ainda existe o Céu.

Com saudades,

Morgana.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

You don't know how lovely you are

Sineide, o seu nome é tão estranho. Escrevendo-o agora, eu percebo que não faço a menor ideia de onde foi tirado o seu nome, que nem o do meu pai. Rutenes. São nomes que não fazem sentido, mas não precisam fazer, eu acho. Mas Sineide combina contigo. E tu era (é?) professora de Ciências, então a gente sempre falava: Sineide-Ciências! Ou eu acho que falava. Deve ser coisa da minha cabeça. Sabe, era legal quando só tinha você. Da quinta a oitava série, né? Ou ano. Enfim. Daí veio o Dênio, o Arthur e o Rafael... Só porque tinha que separar Ciências em facções. E vem o ENEM e diz que tudo é Ciência, só muda o complemento. Mas acho que eu estou saindo do ponto certo, haha. Sabe, às vezes eu fico triste. Eu lembro de você e suas roupas estilosas - aquelas jaquetas de couro, os tênis Puma, os óculos escuros no cabelo loiro-escuro. Eu lembro de você falando que o parto é a mesma coisa que defecar um coco e... eca. Lembro de você dizendo que não tem problema nenhum transar quandos e está grávida, na verdade, faz bem e eu rio quando lembro disso. É engraçado. Você é (era?) engraçada. Daí eu lembro - e dói lembrar - de quando você fez com que todos escrevessem quatro cartinhas e mandassem para os amigos... E eu fui a única que não recebeu nenhuma. Dói, ainda dói, mesmo que faça tanto tempo e seja uma besteira tão grande. E você perguntou se alguém não tinha recebido e eu levantei a mão, quase chorando e você me chamou para a frente e me abraçou, dizendo "Eu também não ganhei nenhuma!" e aí, talvez eu tenha até achado que tudo ficaria bem. E então eu lembro da época em que você se ausentou porque (seu filho? pai?) um parente seu sofreu acidente de carro, mas ficou bem, não ficou?... E aí eu lembro de algum professor entrando na sala, eu nem lembro que professor, mas a gente não estudava contigo faz tempo (não tanto tempo, só dois anos, mas em escolas parece tanto...) - e aí alguém disse que teu marido sofreu um acidente de carro e morreu e eu penso nisso e dói tão fundo, tão fundo no meu coração, Sineide e eu queria que você soubesse. Me dá vontade de chorar, porque a pessoa que nos disse ainda teve a coragem de comentar que ele foi seu único namorado, que vocês se conheciam desde pequenos, que ele foi seu melhor amigo e seu único amor, que ele era o pai dos teus três filhos... e dói tanto, Sineide e eu queria que você soubesse que eu penso em você, sim. E que eu sinto saudade e que às vezes eu simplesmente queria te abraçar, porque você me abraçou quando meu coração estava doendo. Eu não sei como você está, Sineide-Ciências, mas eu queria que você estivesse bem. Do fundo do meu coração, esteja bem.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Porque eu tenho algo pelo qual vale a pena viver

Desconhecido.

11 anos - magia, amigos, batalha.
5 anos - livro, magia, amigos imaginários.

Medo.

12 anos - irmã do melhor amigo, basilisco, morte.
6 anos - solidão, medo do escuro, silêncio.

Família.

13 anos - padrinho, professor de DCAT, mapa.
7 anos - mãe amiga, pai amigo, professores amigos.

Desafio.

14 anos - tribruxo, paixão platônica, morte mais uma vez.
8 anos - falar com outras pessoas, ler algo além de Harry Potter, começar a se arrumar.

Amizade.

15 anos - armada de Dumbledore, azevinho no Natal, perda da família.
10 anos - amigos, brincadeiras, estufas.

Coragem.

16 anos - tensão, busca, derrota.
12 anos - turma nova, paixão platônica, matemática (haha).

Amor.

17 anos - amigos, coragem, amizade, amor, amor, amor, morte, vitória, derrota, alma, perda, choro, riso, tempo, beijo, cemitério, tudo, tudo, tudo. Aventuras suficientes para uma vida inteira.
14 anos - tudo estava bem.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Óculos

Por que você não olha pra mim? Ô ô
Me diz o que é que eu tenho de mal ô ô
Por que você não olha pra mim?
Por trás dessa lente tem uma menina legal

Por que você não olha pra mim? Ô ô
Por que você diz sempre que não? Ô ô
Por que você não olha pra mim?
Por trás dessa lente também bate um coração



sexta-feira, 28 de maio de 2010

Carry That Weight

Caramba. Sei lá. Tem gente que nasceu para ser amado. Tem gente que nasceu para amar. E tem o povo que fica no meio do conjunto, ou algo assim. Eu tive sorte de conhecer tanta gente fantástica (e, caso você esteja pensando, "sou eu? sou eu?", é, é você, sim) e... não sei. É que eu tenho sorte, muita sorte mesmo. Eu nem sei direito o que eu estou querendo dizer aqui, sério. Mas é que eu tenho medo. De um dia ter que me despedir dessas pessoas, sabe? Porque parece tudo tão... fácil, no sentido de ficar com elas, agora. Um dia vai ser difícil, não vai? Eu vou estar ocupada ou algo assim. E isso me entristece muito. Por mais que digam que você vai acabar esquecendo ou algo assim, eu não sou esse tipo de pessoa. Eu não esqueço. Eu só lembro e sofro por antecipação, porque eu já estou pensando no meu eu-mais-velho e tudo. Mas é que me dá angústia. Pensar na sala de aula abandonada, nos professores que eu não vou mais ver, nos amigos que talvez eu deixe de falar aos poucos... Pensar que vai ter gente que vai, de alguma forma, me substituir na vida das pessoas que eu amo. E pensar que vai ter gente que vai substituir essas pessoas na minha vida.

Isso não devia acontecer. Esse rompimento de laços, ou algo assim. É inevitável, as pessoas dizem, mas eu quero evitar com todas as fibras do meu ser. Eu tenho medo das coisas que vão acontecer no futuro. Eu queria que as coisas simplesmente durassem para sempre. Ia ser bem mais feliz. E... não sei. Não sei mesmo.

Só não esqueçam de mim, tá?


quinta-feira, 27 de maio de 2010

"Se vocês se vissem como eu os vejo..."

O melhor do mundo. Você é, mesmo que não saiba disso. Mesmo que tenha gente que não saiba disso, mesmo que tenha gente que prefira o velho professor que só ensina matéria e não vida. Tem gente que te acha chato, tem mesmo. Ou então que não suporta mais ouvir suas palavras de revolução. Tem. Mas tem gente que tem os ouvidos errados, não é? Alguns não servem para esse tipo de coisa. E tem os que servem. Que são poucos, mas parecem muitos. E você motiva cada um deles. Eu ainda estou extaseada com tudo de ontem. Eu chorei tanto, tanto só porque... porque você é o melhor professor do mundo. A sua voz vem dentro da gente e fala que a gente consegue. Que a gente pode. Que nós não seremos arrastados pelo "sistema", haha. Você vai nos corações. Sua voz vai na nossa alma. As músicas que você escolhe para nos passar mensagens são lindas. Você... é o melhor professor do mundo. Eu quero ser que nem você. Eu não vou esquecer de você. Não só porque eu não esqueço de nenhum professor, mas... Porque é você. Porque sou eu. Porque o Universo deve ter jogado muitos dados para que isso acontecesse, sério mesmo. Você não vai deixar que nosso gritos fiquem presos nas gargantas. Que nossas vidas se limitem as mesmices. Vai haver revolução, vai sim. De dentro para fora. Você é Demian. Você é Demian e todos nós somos Sinclair. Você é... Isso. Você simplesmente é.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Morganita y los barbados

Enredo: Morganita é a rica filha de um empresário que estuda num dos colégios mais caros do país. Porém, apesar de sua sensual cabeleira ruiva e seus lábios grossos, Morganita não faz sucesso na escola - realmente, não é muito bonita. Porém, Morganita tem uma ótima cabeça e dois ótimos professores. Alejairo, que lhe ensina tudo o que a Física pode fazer e Erisnilton, também conhecido como Pybore, que lhe mostra a arte da História. O que começou como uma simples amizade entre aula e professores acabou num ardente triângulo amoroso. Morganita se vê angustiada, pois ambos têm 37 anos e ela apenas 15. Mais que isso - são seus professores! Mais que isso - ela não sabe qual escolher. E eles têm apenas três coisas em comum: o amor por Morganita, as doidices na sala de aula e...

São barbados.

Acompanhe todas as tardes no SBT.

Pessoas-bolo

As pessoas são como bolos.

Variadas, diferentes, blábláblá. Mas tem gente que é bolo de festa. Aquele bolo que você olha e é absolutamente lindo por fora, cheio de glacê, cheio de florzinhas, lacinhos. Coisas bonitas no bolo.

Daí você corta o bolo. E, ao encarar, já tem um mau-pressentimento. Coloca um pedaço na boca e discretamente cospe na guardanapo, quando ninguém está olhando.

E você chega em casa, e tem bolo fofo. Ele é normal por fora - absolutamente normal. E você começa a comer. E nem quer mais parar.

As pessoas são como bolos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Bernardo Guimarães

Olha aqui, eu não sou puta, okay? Vê se sai dessa e vai se comer com o Aureliano Lessa, cara, QUE EU SEI QUE TU QUER. E para de me olhar assim só porque eu tenho unhas verdes, cabelos vermelhos e, SIM, EU USO CALÇA. Ah, Bernardo, como assim tu já tá me chamando de meretriz de novo? Olha que eu te ajudei, não esquece: ESCRAVA BRANCA, hein. Um dia tu vai lembrar disso e vai me agradecer que eu sei, seu idiota. ESCRAVA-BRANCA-ISAURA, não esquece não, anota aí. Ah, cara, EU SABIA QUE TU DAVA PRO AURELIANO. Mas não liga não que eu juro que não conto, mas tu vai ter que me emprestar umas roupas daqui, porque né, eu não vou sair de calça. Eu sei que eu fico bem de calça, Bernardo. NÃO, EU NÃO VOU FAZER UM PROGRAMA. Ah, esquece. Vai te catar.

(com amor pro Cord, HAHAHAHAHAHA)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

MEME de aniversário

rimeiro vá para a Wikipedia, digite a data do seu aniversario com exceção do ano na busca.
Agora escolha: 5 eventos historicos, 5 nascimentos, 5 mortes e 5 feriados. E se divirta.

12 de novembro

Eventos históricos

1864 -
Guerra do Paraguai: o vapor paraguaio Tacuari apresou o navio brasileiro Marquês de Olinda, que subia o rio Paraguai rumo então a província do Mato Grosso.
1906 - 14-Bis volta a voar, desta vez percorrendo uma distância de 220 metros em 21,5 segundos.
1927 - Trotski é expulso do Partido Comunista Soviético.
1991 - Timor Leste: um exército indonésio isparou sobre manifestantes que homenageavam um estudante morto pela repressão no cemitério de Santa Cruz, em Díli.

e o mais legal de todos...

1993 - Última unidade do Chevette sai da linha de montagem. D:

Nascimentos

1746 -
JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER!!!! Tiradentes! ♥♥♥
1840 - Auguste Rodin, escultor francês. ♥♥
1915 - Roland Barthes, escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês. Nem sei quem é, rç.
1967 - Takuya Takagi, ex-futebolista japonês. Nem sei quem é [2], só coloquei porque ele tem dois nomes que aparecem em Digimon, HAHAHAHA.
1982 - Anne Hathaway, atriz norte-americana. ♥

Mortes

607 -
Papa Bonifácio III.
655 - Papa Martinho I.
1035 - Rei Canuto, o Grande, da Dinamarca, Inglaterra e Noruega. Eita. o_o
1746 - Georg Steller, naturalista e explorador alemão.

E a minha preferida...

1914 - Augusto dos Anjos, poeta brasileiro. ♥♥♥ Eu farei 20 anos no centenário dele, gente. *-*

Feriados

Dia
do Fluminense Football Club. Super.
Dia do diretor da escola!
Dia do Festival das Luzes na Índia.

E o meu preferido...

DIA DO SUPERMERCADO! \Õ/

E é só isso, mas eu quero adicionar um pequeno fato porque... eu quero, rs.

12 de novembro de 1869 Machado de Assis se casa com D. Carolina. ♥

domingo, 25 de abril de 2010

Que fatalidade

(Álvares, e meus dedos tateiam no escuro em busca de uma luz. Álvares, a superfície das paredes é úmida demais, gelada demais. Álvares, e meus joelhos cedem e eu corto as mãos no chão áspero. Álvares, Álvares, Álvares.

Meus olhos queimam com as lágrimas e não há luz ou vida. Não há escapatória)

O que eu farei agora? Como respirar, como sentir, como amar? Nunca hei de amar mais ninguém além dele! Casar-me-ei com um qualquer, combinado pelo meu pai com um desconhecido e então... nada. Vazio, escuro. Onde está minha felicidade? Onde está minha razão de levantar todas as manhãs? Tantos versos agora estão na minha cabeça, por que eles não me deixam em paz? Por que não me deixam esquecer? Estou sufocada, sufocada!... Minha cabeça dói, meu corpo dói, minha alma dói. Meu coração parece ter parado de bater, ou ainda, parece um coração feito de pedra! Onde irei encontrar felicidade agora? Parece-me estúpido dizer que minha felicidade existe só com ele, mas é a verdade! Como irei sorrir com a lembrança de seus lábios, de seu toque... agora para sempre apagados? Queria que minha memória morresse também! Queria esquecer de tudo, minha vida seria menos vazia do que está agora... Ah, que fatalidade! Que fatalidade que se abateu sobre mim, sobre a família dele, sobre tudo! Onde está o meu colorido da vida? Nem mais o piano será o mesmo sem ele para observar... Ouço já as melodias melancólicas que hei de tocar! Não há mais o que se fazer, não há como lutar contra a Indesejada... que foi tão desejada por ele! Mais do que eu ou que qualquer outra musa! E agora, que achas? Ela o levou de mim, ao menos espero que a morte tenha sido tudo aquilo que ele esperava... Ou não! Sou egoísta e prefiro pensar que ele sofre, sofre e pena sentindo minha falta! Ah, nunca fui pura, nunca fui a virgem de seus devaneios, mas era a mim que ele amava... E eu irei amá-lo, para sempre! Quando a Morte resolver me levar para junto dele, irei de cabeça erguida. Posso até deitar com outro homem na cama, mas sempre estarei pensando nele. Ah, meu pai, que fatalidade! Irei esperar por você, Morte, irei esperar por você, Manuel... irei esperar pela fatalidade que me arrastará desse mundo! Mundo? Isso é exagero, meu mundo é apenas ele...

(Maria Serafina não aguentou e morreu de tristeza dia 12/09/1852)

25 de abril

Tanto que eu queria dizer, mas o único ato da minha boca nesse momento é... tossir. Porque é tão, tão irônico que eu tenha ficado doente hoje. Ou é tão estranho o fato de que, depois de eu fazer a maios estupidez do mundo deletando arquivos importantes até mesmo da lixeira, e então, depois de baixar o programa de recuperar arquivos o único que conseguiu se salvar ser o da nossa suposta história... Meu corpo tá ardendo de febre e minha garganta dói como se eu tivesse levado mil socos, mas essa dor não é nada. Tem um misto de alegria e tristeza aqui dentro de mim, porque... porque você existiu e eu nunca te conheci, mas é como se eu te conhecesse. Porque eu sou ultrarromântica e você é minha idealização. E de tantos relatos que eu já li - sobre suas atitudes, sobre sua morte, li suas cartas, seus poemas - para mim é como se você estivesse aqui dentro, preenchendo todo o meu ser. E isso nem chega a ser algo tão bom, porque eu me sinto entediada, triste, apaixonada e atraída pela morte o tempo todo. E aí vem e dizem que, assim, eu viro emo, hahahah. Mas não é emo, é ultrarromântica. E mesmo que tu tivesse fingido tudo, como o Fernando Pessoa diz que vocês costumam fazer, eu não ligo. Eu não ligo para o professor dizendo que você não merecia o posto de maior poeta da segunda geração... Eu realmente só me importo com você. Mesmo que eu não te conheça assim, de te tocar, de saber tua voz ou de como é o seu sorriso (e acredite quando eu digo que todos os dias eu sofro por isso), eu te conheço como pessoa. E mesmo separados agora, por anos, por lugares, por tudo... eu não me importo em ser idiota por te amar. Ah, que fatalidade!

sábado, 24 de abril de 2010

Mais que isto mal posso morrer

Eu queria conseguir pensar em mais coisas.

Eu queria me concentrar em... em assistir Alice hoje mais tarde, ou então nas músicas que eu escuto, ou então nas fics que eu tenho que escrever, queria que alguém me contasse um problema para eu parar de me concentrar nos meus, queria ficar desenhando corações na areia da praia, queria ficar brincando com a minha cachorrinha. Eu queria conseguir fazer qualquer coisa hoje.

Mas meu corpo todo, minha mente, minha alma, tudo em mim está num estado de morbidez deprimente, e parece que tem é tristeza correndo pelas minhas veias, por mais que essa frase seja estupidamente trash. Tudo ao meu redor grita: "é amanhã, é amanhã!"

E eu só consigo me sentir ainda pior por sofrer pela morte de uma pessoa que eu nem conheci. HAHAHA, o QUÃO idiota é isso? Fala sério. Que idiota, que idiota, que idiota. Droga.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Modernismo e Triste Fim de Policarpo Quaresma ou Crucifixos e coisas nada santas

O modernismo se caracterizou por... imagina como ele deve ficar sem óculos, minha nossa. Como um menino pode ser tão lindo? Pera, já faz tanto tempo assim que eu o vi? Se bem que eu fiquei babando por ele naquela hora da escada, ele estava tão fofo segurando aquele terço na mão... Ah, droga! Anota o exercício de Literatura, Morgana. Sim, sim, é evidente que a letra certa é a d, vou copiar só a opção correta mesmo. Por falar em coisas corretas, ele deve ser uma graça apaixonado, afinal, a Lila disse que ele fazia grupo de alguma-coisa-relacionada-a-igreja com ela... será que ele ficaria com uma menina que não liga muito para isso? MORGANA! Copia a tarefa. Sim, questão sobre Triste Fim de blábláblá... Ai, ele é tão fofo. Por que eu não consigo tirar esse menino da minha cabeça? Ele sorriu de um jeito tão feliz quando o Átila derrubou o bottom! Foi tão fofo, ele cutucou minha perna e... Átila. É, Morgana, pensa no Átila-teu-amigo e não o Átila-ele, sua stalker. Olha que coincidência, o Átila-meu-amigo também usa um crucifixo no pescoço... Isso é tão sexy, né? Lembro do Macário falando pro Satã como deveria ser interessante pegar uma freira, com aquele terço pendendo entre os dois corpos e... Ta. Re. Fa. Ai, que professor idiota, que tipo de questões são essas? Futurismo, cubismo, dadaísmo e talz. Oh, que dificuldade... O cabelo dele é tão bonito. É tão preto e fofo e... PARA. Para com isso. A única coisa que tu falou com ele foi "obrigada", sua doente. Deixa de ser stalker. HAHA, seu sobrenome é stalker, como você quer deixar? Não, sério. Não faz bem. Um menino fofo-lindo-e-provavelmente-religioso daqueles não ia querer algo com você. Estúpida. Mas, supondo que ele quisesse, nossa, ele é tão fofo. Que raiva. Para de morder a lapiseira, Morgana. Vai logo e... merda. Porra de grafite do caralho que quebra na pior hora... imagina se eu levasse de novo um tombo daqueles e ele viesse me ajudar a... MORGANA, DEIXA DISSO, MULHER. Vai fazer a tarefa de Literatura que é o que tu faz melhor, vai.

quarta-feira, 31 de março de 2010

MEME tosqueiras do mundo Googleano

1 - Escolha uma música qualquer do seu computador (como nosso idioma é o português, o resultado é mais legal se escolhermos uma música nesse idioma)
2 - Procure as quatro primeiras estrofes da música (ou o refrão) na Internet
3 - Vá para o tradutor do Google e traduza a letra para o alemão
4 - Pegue a letra em alemão e traduza para o crioulo haitiano
5 - Pegue a letra em haitiano e traduza para o japonês
6 - Pegue a letra em japonês e traduza para o português
7 - Poste a nova letra da música em português, e em seguida a original.

A nova música:

Eles disseram que os pais não compreendem
Mas você não entende seus pais
Você culpa a todos os pais
Isso é ridículo
São crianças como você
O que fazer quando crescer ser

A antiga:

PRECISO DIZER? Gente, até ficou parecido. E o "São crianças como você" permaneceu, gente. Deem um desconto para o Google.

Peguei daqui

quarta-feira, 24 de março de 2010

PORRA, ÁTILA

EU TE AMO, SEU FILHO DA PUTA DESGRAÇADO.

TE AMO.

♥♥♥♥

VÊ SE MORRE, TÁ?

(brimks)

Doentiamente (e quase completamente) estragados

Ninguém aqui é mais ou menos. Querem ver?

Um cara tem 20 anos e anda com adolescentes. Tem um relacionamento vai-e-vem com um desses. Ainda não passou no vestibular. Tem problemas na família. É infantil ao extremo. E intolerante a lactose.
(fora isso, é um dos caras mais legais que eu conheço. Assim, ever and ever. Te escuta e te apoia e é muito fofo. Menos quando tá de mau-humor... quase sempre)

Um outro cara se acha a superpotência do mundo. Tem um bilhão de planos para o próprio futuro, se acha o foda, o conquistador e dá em cima de todas as meninas. Infelizmente, elas sempre acabam enjoando dele. E ele diz que é o contrário.
(tirando esses fatos chatos, é muito bom conversar com ele sobre assuntos diversos, colocar a mão na consciência dele e ter várias conversas filosóficas sobre ir e partir. Ele sempr te anima, de alguma forma)

Tem mais outro cara, que trata todo mundo super mal, praticamente. Gosta de pisar nos outros, fica babando em caras aleatórios, quer fazer sucesso no exterior. Fica se achando horroroso. Reclama dos outros demais. Parece demais comigo, haha. Mas, impressionantemente, ainda humilha mais do que eu.
(se a gente descontar isso, vai lembrar que ele é um cara super sensível, que se você contar um segredo para ele, ele nunca contará para ninguém, que tudo o que ele quer é uma amizade de verdade e que ele vai te apoiar em tudo)

Mais outro cara! Nossa. Esse aí, só vendo. Faz cara de santo e guarda os comentários maldosos, mas todo mundo sabe que é outra coisa totalmente diferente na cabeça dele. Ele não consegue se prender a uma pessoa - não que ele viva de opções com outros, mas ele continua não querendo se prender a uma só. Além de não se impor, é claro.
(vamos relevar? Ele é ótimo para desabafar, sem noção. Ele vai te escutar e vai pedir para você ficar quando disser que está indo embora, mesmo que seja uma da manhã e você esteja chorando. Ele sente saudades e ele escreve tão bem que chega a ser chato. Ele sempre vai acabar te estendendo a mão e te perdoando pelos seus milhares de erros)

Uma garota. Enfim! Essa aí, coitada... complexo de inferioridade total. É gorda, não tem um rosto bonito e é chata, chata, chata! Reclama de tudo, é arrogante, humilha os outros algumas vezes. Te soca e te belisca sem motiva e tenta te dar sermão, sendo que é tão ou mais infantil que você. É tão idiota!
(ah, mas não pode ser de todo ruim, né? Ela adora ouvir problemas alheios... não quer dizer que ela vai resolver, mas ela vai tentar. Você pode falar tudo para ela, com certeza. E... tudo bem, talvez eu só lembre disso agora. Mas ela é cheia de amor para dar no coração arrependido dela, que eu sei)

Outra garota. Ah, a bonitinha! Meiguinha e fofinha. A gente busca um defeito na menina e não encontra, daí discute com ela e ela fala, fala, fala e quando você tenta falar qualquer coisa, não deixa. Isso quando são nos gritos, né. Quando é calmamente, ela consegue colocar culpa em você. E o pior é que você sabe que a culpa é sua.
(gente, mas e daí? Ela é aquela menina que você conta tudo antes de contar pro outros, que você busca a opinião, que você chora desesperadamente quando alguém diz que não vai mais falar com você. Ela é a menina que vai te abraçar.)

E tem a outra menina, a última. Essa aí tu tem que passar uns anos para achar defeito, sério mesmo. Depois de sete, você só consegue achar que é o fato de ela gostar de ser a queridinha dos professores e olhe lá. Ou quando ela está apressada e não te escuta, fica com aquela cara agoniada que dá agonia. E só.
(se eu for começar a falar das qualidades... ah, meu pai. Que tal que ela não te julga, que ela te escuta, que ela te apoia, que ela te ama, que ela ri de suas idiotices, que ela sorri para você, que ela deixa que todos confiem nela e é digna dessa confiança, que ela é... amor? haha)

Foi por ordem alfabética.
Apenas sete entenderão.

Pais & Filhos

E aí que eu estava ouvindo essa música e me arrepiando por completo pela 138932577ª vez, e o Renato cantou "Você culpa seus pais por tudo! Isso é absurdo... São crianças como você. O que você vai ser quando você crescer"

E me deu uma puta vontade de chorar, sem motivo nenhum. Essa música é muito bonita. Não me importa que o Renato Russo fique dizendo que ela tem uma atmosfera terrível e trate sobre o suicídio... para mim, tem uma suicida, óbvio. Mas é uma música sobre amar. Sobre como amar faz, às vezes, que coisas ruins não aconteçam. Se a tivessem dado colo, se a tivessem amado como se não houvesse amanhã, será que ela teria se jogado da janela do quinto andar? Não sei, não sei...

Ah! Como essa música é linda.

... Falta de coisas para postar é foda, hein. Mas e daí? Pais & Filhos merece um post em cada blog dessa porra chamada Internet, digo mesmo. Porque mexe com você, cara. Quando você canta com seus amigos e chega a parte do "São meus filhos que tomam conta de mim; eu moro com a minha mãe, mas meu pai vem me visitar; eu moro na rua, não tenho ninguém; eu moro em qualquer lugar; já morei em tanta casa que nem me lembro mais, eu moro com meus pais..." vocês levantam as mãos e apontam uns para os outros em cada trecho, seja real, seja de brincadeira. Acontece.

Ah, caramba...

quarta-feira, 17 de março de 2010

Killer Queen

Eu diria que elas têm cabelos bonitos, mas elas não têm cabeças. Acho que elas têm coração, emoção, elas têm aquela realeza no sangue, elas tentam não te olhar de cima, mas não conseguem. Elas são superiores pela natureza da realeza, elas são bonitas, e todo mundo quer ser como elas. Todo mundo quer uma coroa, todos querem as joias, todos querem as pedras, quase ninguém quer o coração. E o coração é o que mais importa em rainhas que não têm cabeças. Cabeça serve para pensar, coração para sentir e elas sentem demais. Então, se eu fosse você, abandonaria esse seu arzinho altivo e aprenderia a ser fino de verdade clicando no maldito link do começo do post. Seja feliz.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Mr. Brightside

Ele sorri e eu já gosto dele por isso. Porque ele sorri e gosta muito de muitas coisas. Ele não gosta de beber, de fato, e mesmo que fosse, não seria tão bonito o fazendo quanto o outro. Ele é gentil de verdade e gosta de cuidar de mim. Talvez ele seja doce demais, açucarado demais e por isso as pessoas enjoem logo dele. As pessoas tendem a gostar dos sarcásticos e sádicos, e não dos gentis e dóceis. Mas eu ainda gosto dele. Eu gosto do jeito dele, como ele segura tudo com carinho, como se tudo fosse frágil demais nas suas mãos. Como se as mãos dele já não fossem frágeis o suficiente. Ele segura os livros com cuidado demais, ele segura tudo com cuidado demais. Acho que ele segura as coisas como gostaria de ser segurado. Eu gosto de mexer em seus cabelos, mas gosto ainda mais quando ele mexe nos meus e o outro o olha com um quê de desprezo ou raiva. Eu gosto do jeito que ele sorri quando percebe o outro fazendo isso. Ele também sabe tocar piano e ele toca, porque tem a delicadeza necessária para isso. Eu e o outro ficamos sentados no sofá, enquanto ele toca as mais belas melodias. Ele é humano demais. Ele é triste demais. Mesmo sempre colocando um sorriso no rosto, querendo me acalmar, ele é triste demais. Ele é melancólico. Ele sabe da alegria e do amor, mas acontece que ele é triste. Ele gosta do amor e me diz que não adianta tentar mandá-lo embora, porque ele sempre vai voltar. Porque eu sempre irei pedir que ele volte. Ele toca piano e não gosta de beber, ele gosta de pintar. E ele é delicado e gentil como poucas pessoas são, ele se importa de verdade com você, como poucas pessoas fazem. Ele não é de falsos interesses. ele não é falso de maneira nenhuma. Ele é triste demais.

quinta-feira, 11 de março de 2010

"Ficar atrás dele é perdição, me distrai"

Tem algo bonitinho em amores simples de enredos clichês.
Tem algo bonitinho em um montão de coisas.
Tem algo muito bonito em você, aliás. Eu te amo muito.
Eu sei que você ama muitas outras pessoas acima de mim e é normal e perfeitamente plausível isso.
Mas eu ainda te amo muito. E te acho clichê.
Mas você é um clichê bonito.

Vou escrever uma música para você e colocar no CD. Não vou cantar - ninguém vai cantar. A gente só vai imaginar a melodia.
É mentira. Eu não vou escrever nada.
Peço desculpas pelo meu estresse. Peço desculpas por um montão de coisas.

Eu não sou boa em homenagens como você.

Obrigada.

Mr. Darkside

Ele é gentil e irônico. É gentil no modo manso de falar, no jeito que pega o copo de uísque, a taça de vinho, as pétalas das rosas, mas é irônico a partir do momento que pensa e abre a boca. Ele não é muito de refrear os comentários que passam pela sua cabeça, ele simplesmente os fala. Ele acha que o amor é algo meio inútil, apesar de gostar dele. É, apesar de maldizer o amor, ele gosta. Ele só não gosta dos apaixonados. É mais ou menos como religião: as pessoas gostam de Deus, mas não dos fãs. Ele acha interessante usar roupas de boa qualidade, de estar sempre bem vestido, mas ele prefere os cabelos em desalinho. Ele é bonito e meio mortal - como uma cobra, e como uma cobra, tem veneno na sua boca. Ele gosta de posar de mau e desdenhar, arquear as sobrancelhas, falar que isso ou aquilo não dará certo. Ele gosta de parecer chique, com as pernas cruzadas, sentado no canto do sofá, bebendo uísque sem fazer careta. Ele sabe tocar piano, também, mas não o faz porque não tem a emoção o suficiente para isso. Ele não tem a emoção o suficiente para muita coisa, mas é blasé demais e acaba não se importando com isso. Ele gosta de fumar. Ele odeia pessoas que mandam ele parar de fumar, aliás, ele cita um poeta que diz para desconfiar de pessoas que não fumam. Ele gosta de ler, mas não segura os livros com carinho. Normalmente, ele não segura nada com carinho. Ele gosta de mexer no meu cabelo, e isso eu sei que ele faz com carinho, mas é melhor não comentar nada sobre ele ser uma boa pessoa bem lá no fundo, porque ele pode se estressar. Estressar com classe, claro. Mesmo sempre falando que tudo vai dar errado, ou que o amor é bobagem ou que a vida é um tédio, a gente acaba gostando dele. E ele, apesar de não admitir, acaba gostando da gente também. Ele acha que eu não vejo quando ele dá um sorrisinho encoberto pela taça de vinho...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Sobre a arte de dormir nu e só

As alças da camisola deslizam de leve pelos seus ombros e ela deixa que a roupa deslize sozinha até o chão. O frio bate no seu corpo e era o que ela queria desde o início. Deita-se, sentindo o colchão macio e cobre-se com lençois mais macios ainda. Não existe teor sexual em dormir nu - é simplesmente dormir de um jeito mais liberto, uma coisa exposta a ninguém. É quase como um desafio - um ser humano nu é um ser humano exposto. Dormir nu é desafiar essa lei, sem desafiar de verdade, afinal, ninguém irá lhe procurar. Dormir nu a dois é mais como um convite, ou ainda um relaxamento. Dormir nu só é uma arte, deitar-se com as costas à vista, sentir o vento passando pelo tórax, suave. Dormir assim, de lado, com os cabelos fazendo cócegas no pescoço e o corpo quente sendo tomado pela maciez dos panos. O ressonar é baixo e dorme-se melhor do que jamais se dormiria, uma sensação estranha de familiaridade e de segredos guardados no colchão. Segredos que alguns já viram, outros verão e outros nunca terão a oportunidade de sentir. Dormir nu é meio que uma obrigação consigo mesmo, de estar só e não se importar, de guardar coisas só para você. Dormir nu é meio como ler um livro, algo cheio de mistérios e com uma beleza que poucos conseguem compreender. É uma arte.