segunda-feira, 24 de outubro de 2011

when the day met the night

ou sobre como o céu está incrivelmente cor de rosa agora. Não é vermelho, não é laranja, mas é um rosa tão tão tão forte e profundo tomando conta do céu que eu estou até assustada. Sempre que eu vejo o céu bonito desse jeito, eu fico achando que vai acontecer algo bom. Eu nunca sei se realmente, de todas as vezes que eu pensei isso, aconteceu algo bom - provavelmente não, eu teria lembrado, certo? Bem, enfim. Talvez não aconteça algo bom pra mim. Mas contanto que alguém fique bem nesse mundo, tá ok. Que céu bonito.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

uma ideia aterrorizante

mas sentir sua falta não quer dizer que as coisas voltem a ser como antes.

post secret

eu realmente estou sentindo a sua falta, ou a falta do que a gente era antes de tudo isso, a falta de quando não tinha nada romântico acontecendo aqui, a falta das nossas conversas. eu tô sentindo a tua falta, por mais que tu faça com que eu não consiga (por enquanto) ouvir uma das minhas bandas preferidas. haha

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

what if

"E então, se a gente se encontrar daqui a quinze anos e você perceber que você me ama? Quer dizer, você não está apaixonada por mim agora, mas daí a gente se encontra e então... você simplesmente se apaixona por mim?"

pergunta com um grande sorriso. a outra ri e balança a mão.

"É, muito bonito, mas eu sou heterossexual, lembra?"

revira os olhos.

"Entendo, mas você entende que... você ainda assim pode se apaixonar por mim? E continuar achando caras gostosos, e pensar em caras te mordendo, e se masturbar pensando em caras, mas se apaixonar por mim? E eu ser a única garota que tu se sente desse jeito?"

"É, é. Mas eu não esperaria por isso. Mas é uma teoria bonitinha, por que você não usa com alguém que realmente vale a pena?"

ela vai embora, conversar com outra pessoa da sala de aula.

"Mas você vale a pena."

murmura com tristeza pra si mesma.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

You try until you can't

Ariel,

Acho incrível sua capacidade de acreditar em certas coisas, apesar de tudo. Nunca quis te contar isso, é claro. Para mim, o mais útil seria sempre um leve revirar de olhos, uma demonstração de como essas pequenas coisinhas que você gosta são dignas de desprezo. Mas chega um momento de falar a verdade, e falar que eu admiro isso, e que eu gosto disso. Não gosto de ela sempre te escolher, quando está com a cabeça no lugar. Um pouco de ciúmes, admito. Quando ela precisa de braços para chorar e gritar e se arranhar e se morder, sou eu quem ela procura. Mas nós dois sabemos que sempre acaba voltando para você.

Ariel, eu sei que você sabe, mas vale lembrar: eu não sou o vilão da história. Nem sou realista. Sou pessimista, e assumo isso. Acho engraçada essa mania dos "realistas", de verem somente o lado ruim da situação. Eles realmente acham que enganam alguém dessa forma? São todos pessimistas, não são realistas. Realismo é você colocar as cartas na mesa e avaliá-las com justiça, não pendendo para a felicidade suprema e nem pela tristeza indizível.

Eu sou pessimista. Mas essa carta inteira é sobre ser realista.

Enquanto você é otimista, enquanto você encoraja as conversas dela na frente do espelho, enquanto você repete infinitamente que vai ficar tudo bem no ouvido dela, enquanto você a obriga a repetir que vai ficar tudo bem - mas que ato de crueldade do suposto bonzinho da história! Ela quase sufocava, enfiando o rosto no travesseiro, fingindo que dormir enquanto apertava os soluços na garganta. E você a obrigava a repetir, entre as lágrimas, que ia ficar tudo bem. Enquanto tudo isso acontecia, eu olhava de longe, perguntando-me quando ela iria vir falar comigo. Sempre acontece, por mais que eu seja o maldoso, o pessimista. Ela sempre vem.

Ela ainda não me procurou e nem procurou mais você, apesar de você continuar com essa atitude de falar com ela. Ariel. Deixe a menina sofrer a dor dela. Você sabe disso tanto quanto eu. A dor dela é a nossa dor e é normal que nós queiramos que ela pare de senti-la, em nosso egoísmo. Mas deixe a menina sofrer a dor dela em paz.

Quando ela não aguentar mais, ela virá falar comigo. E eu brigarei com ela, para logo depois abraçá-la, como sempre faço. E depois, ela irá procurar por você e eu voltarei a ser o errado. Mas por enquanto, sou o realista. Ela está sofrendo e vai sofrer por tempo indeterminado...

Então, vai passar. E então, ela vai sofrer de novo. E então, vai passar. E então, ela vai sofrer de novo. Porque é assim que acontece. Eu sei que o amor romântico é a grande preocupação da sua vida, Ariel, mas se você não notou, ela colocou um curso que não queria para aquela prova ridícula no final do ano. Ela vai embora e os grandes amigos dela ficarão para trás. Ela não consegue se achar bonita, apesar de pensar que é, a ideia não entra na sua cabeça. Ela não consegue contar nem para a mãe dela que meninas também são interessantes. A mãe, imagine o pai, imagine o resto da família doentiamente católica. Ela não consegue mais falar direito com aquele que antes foi motivo de tanta alegria. Ela está brigada com um dos seus melhores amigos e mesmo dizendo que quer que tudo fique normal, faz burradas como comentários ácidos no lugar dele desabafar.

Deixe a menina sofrer, Ariel. Deixe ela parar de tentar estar bem. Deixe a dor dela crescer como um bolha de sabão - começa pequena, cresce, cresce, cresce... e papoca. Espero que considere essas palavras e pare de procurá-la, ao menos por um tempo.

Mais preocupado com ela do que você imagina,

Caliban.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

God save the Queen

Pra te dizer parabéns. Pra te dizer que eu te amo. Pra te dizer que puta que pariu, já faz três anos que eu te conheço, e eu sei que três anos podem não ser nada, ainda mais porque te conhecer mesmo, de conversar contigo, só é um ano e um pouquinho. Mas é isso aí. Meu amor por ti só fez aumentar e aumentar e virar uma bolinha gigante e grudenta de amor. E eu deveria pensar em metáforas melhores, eu sei, eu sei. Você é linda, minha rainha, e merece toda a felicidade do mundo, mas não sou eu quem vai ficar mentindo e dizendo que tudo é felicidade. Tá foda, cara, tá foda, mas o que importa é que depois vai acontecer algo bom (e algo ruim e algo bom e algo ruim e algo bom num ciclo infinito), mas... é? Hã? Ah, tá, o que realmente importa é que sempre vai ter gente perto de ti, entende, do teu lado, o teu rei e os teus súditos fieis, e as tuas rainhas de vassalagem ou seja lá como a gente diz isso, mas tu é a Grande Rainha, só que sem essas paranoias da Gwenhwyfar porque, por favor né. Ah, tá bom. Eu deveria ter escrito algo profundo e poético aqui, fico pensando, mas depois... nah. Não. Tu já é uma pessoa muito profunda e poética - saída de um conto do Machado de Assis, não é mesmo? - e não ia ser verdadeiro se não fosse essa enxurrada de pensamentos aleatórios, parecendo uma fitinha de cetim vermelha, que eu vou enrolando e enrolando e acidentalmente dando um nó. O nó, nesse caso, seria um eu te amo sincero, ou um eu desejo tudo de bom, ou um tá na hora de publicar a sua lira rerere, ou um muitas felicidades muitos anos de vida êêê. É isso aí. Viva bem muito, mas bem muito mesmo, apesar de o mundo não merecer pessoas como você. Felicidades, felicidades, rainha, um dia eu vou comemora esse dia contigo. Prometo.

sábado, 1 de outubro de 2011

Música da Kate Bush

Como se a gente precisasse da imagem completa pra saber essa fala.

Ah, que vontade de reler você, só pra sentir as mesmas coisas de novo. E de novo e de novo.

Dá cá um abraço, Catherine



Toca aqui, Heathcliff