começou com i want to hold your hand.
na verdade, começou com eragon. infelicidade total, esse livro é uma merda. mas tu queria ler, tu gosta, tu ainda gosta, tu andava com brisingr debaixo do braço, depois de um tempo. em algum momento, daqueles em que tu ficava lá no meu curso de inglês esperando minha hora de sair ou então matando aula comigo (e como eu matei aquele curso com você!) e aí você disse, na calçada, que sabia que eu era uma boa pessoa, porque eu te emprestei o livro sem nem te conhecer.
sonho de uma flauta, porque a gente brigava demais, porque a gente ainda briga muito, porque tu saia correndo e eu segurava tua mochila, porque tu jogava coisas em mim e eu te arranhava e a gente gritava e chorava, mas aí depois. aí depois.
eu encontrei um comentário meu gigante, dizendo porque eu tinha ficado triste, e falando milhares de coisas, e eu nem consigo me lembrar a razão de a gente ter brigado, mas lá no final tem o "você é tão boa que é triste" - e tem todo aquele eu que tu tinha na cabeça, e que eu gostava do jeito que eu existia aí, e eu lembro de ter te mandado cartões postais da itália e isso foi num dia de pré-direito e tu pulou pra me abraçar.
existiam também as briguinhas de brincadeira, as implicâncias, te chamar de hipster, underground, indie e tudo o mais. revirar os olhos, revirar os olhos. olha que engraçado, começou a tocar elephant gun e eu lembro de quando tu colocou a música pra tocar pela primeira vez, no teu celular, eu acho que a gente tava na casa do zé, sei lá.
depois, teve algum momento da mensagem "você é a minha rock & roll queen", que eu recebi quando estava estudando. e isso ficou na minha cabeça, pra sempre, e eu sempre lembro disso nos momentos mais aleatórios. o cordeiro dizia que a gente era uma banda de rock, mas que ele era um cantor de que mesmo? bossa nova? a gente era agitado, ele era calmo. mas eu e tu fizemos incontáveis post sobre ele e para ele e tivemos incontáveis conversas sobre ele e isso não é sobre ele, não dessa vez. nós dois, eu e você. uma dupla sertaneja. átilindo & morgamor.
eu tô relendo teu blog e meus comentários e tá tudo voltando agora. as palavras ficam vazias, porque são... palavras, não são ações, a gente não tá mudando e tá mudando, a gente tinha prometido pra sempre, mas acabou que.
sei lá, o amor vai ser pra sempre. pelo menos, o meu vai ser. deu saudade de você agora, e sempre, e hoje, e amanhã, e daqui a um bilhão de vidas, quando renascermos feito bactérias, porque a terra vai acabar, e a evolução vai ter que começar de novo, não é? vai que em algum momento eu-célula e você-célula nos juntaremos pra formar um ser humano muito complicado e sentimental.
eu disse que deveria ser impossível amar alguém assim. eu disse isso, eu ainda acho isso. deveria ser impossível amar alguém assim. porque foi um ano inteiro praticamente sem você e ainda vai ser por mais tempo e eu nem sei se essas palavras vão chegar aos seus olhos, quem dirá ao seu coração. mas eu espero. eu espero.
Quero falar um pouco sobre "A Baleia"
Há um ano
2 comentários:
Sinto sua falta Morgamor!
Eu espero contigo, porque palavras assim não se podem perder. E um amor que as faz nascer ainda menos.
(Tenho saudades tuas. Sempre.)
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