quarta-feira, 30 de março de 2011

Corazón.

Eu fico relendo nossas MPs. São quarenta e duas MPs suas, duas da Cah e as outras que eu vou recebendo e vou deletando, porque eu simplesmente não quero ter que apagar as nossas conversas, os nossos momentos. Eu te amo demais, tu sabe disso, nem faz sentido esse amor todo (nenhum amor faz sentido, por sinal, muito menos os meus), mas ele existe. E eu queria que continuasse, que tu ainda me mandasse mensagens dizendo se está tudo bem, se está tudo péssimo, como você está. Porque, bah, com certeza tu já foi uma colona amigável com uma índia em uma de tuas vidas passadas hahaha Deu saudade de ti agora - na verdade, deu há um tempão, quando minha mãe - minha mãe! - perguntou como você estava. Ah, estou sendo assustadora de novo. Não ligo, não ligo. Obrigada por todas as palavras carinhosas que você me deu. E espero que esteja tudo bem e tudo fique bem com você, sempre. ♥

sexta-feira, 18 de março de 2011

é claro que eu me deixei levar

e deixaria sempre, pequena criança, se fosse pelas suas mãos. elas são como o mar, entende, eu simplesmente não posso lutar, não posso resistir. é engraçado. não é triste, não dessa vez, nem é bonito, nem é poético. não precisa de definição nenhuma. eu me deixei levar, é isso, fim da história.

porque ficaria mais bonito como título e um vazio

do que como título e post.

porque eu choro.

um minuto e quarenta segundos e eu choro

Rascunhos

Tem coisas escritas aqui que eu deveria postar, porque sempre que eu venho, eu leio, mas sei lá. Elas me parecem tão confortáveis sem a publicação. Não é nada demais. Mas tira um peso dos meus ombros e tudo fica mais tranquilo.

terça-feira, 15 de março de 2011

Sobre a Ponte Metálica (muito, muito antes)

Primeiro, ele - que sou eu, eu sei que sou eu, eu tenho essa certeza profunda dentro de mim que ele sou eu - olha para o céu, depois para o mar, depois para a ponte e depois, finalmente, para ela. E ele - que sou eu, sou eu, sou eu - pergunta "Posso te dar uma lembrança?"

E ela ri e pergunta o que é uma lembrança, como assim uma lembrança, para que uma lembrança. E ele - com o meu tom de voz, com a minha expressão facial - diz "Pra quando a gente se separar. Você vai olhar pros seus netos e dizer que uma vez esteve na Ponte Metálica, olhando o mar e os barcos e o céu. E que alguém segurou sua mão e perguntou se poderia te dar uma lembrança. E você deu uma resposta. Qual foi a resposta?"

E ela ri de novo, antes de dizer "Sim."

Isso aconteceu a tanto tempo, e a lembrança dele - que sou eu - está em mim.

terça-feira, 8 de março de 2011

Sobre a Ponte Metálica (antes)

Vocês me perguntam que vontade súbita é essa de ir na Ponte Metálica, e eu digo que não sei. Porque eu não sei mesmo. Aí vem o outro e pergunta se eu já fui lá - e é claro que eu já fui lá, que fortalezense nunca foi na Ponte Metálica? Aí pessoas dizem que dá medo, porque dá para ver o mar embaixo e se as ondas estiverem fortes, elas molham seus pés. Mas é essa a graça, gente. Essa é a graça de atravessar toda a ponte, sentindo a água do mar nos pés e aquele vento salgado no rosto, e se apoiar na ponta e ficar olhando para aquela escuridão completa. Se a ponte cair, a gente vai nadando até a praia de Iracema. Relaxem. Se vocês ficarem muito nervosos, eu seguro suas mãos. Eu e o mar temos uma conexão mágica, vocês sabem, haha. Ele não vai matar vocês, sabendo o quão importantes são para mim. Por favor, vamos pra Ponte Metálica. E todo mundo, porque se não for assim, não vai ter a menor graça.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Take me home, to my heart

Duas e cinquenta e cinco da manhã e eu olhando para o meu celular, com aquela foto do mar que eu tirei da última vez que a gente foi pra praia. Eu fico olhando e pensando que deitei aqui dez da noite e ainda não consegui e só tô olhando pra foto e pra praia e pensando como eu queria estar lá de novo, como eu queria estar lá para sempre.

Eu fecho os olhos e respiro bem fundo, pra tentar acalmar meu coração, só que ele não se acalma. Ele continua batendo como se eu estivesse num pula-pula. Eu abro os olhos de novo e a tela do celular já ficou escura, e eu aperto qualquer botão só pra ver o mar de novo.

Então já são três horas e e, porra, eu ainda não dormi pensando em você. Eu penso em mandar uma mensagem, sabe, uma mensagem feliz que não transmita nada do que eu quero dizer, eu penso em mandar um "leva tal livro amanhã", mas ia ser muito besta da minha parte. Sabe, eu sempre odiei ficar tendo que inventar desculpas para falar com alguém. Todos as meninas que eu gostei, eu falava. Todos os meninos que eu gostei, eu falava. Na lata, e nunca dava certo, era sempre um pedido de desculpas para a minha coleção.

Daí, quando deu três e três, eu te liguei, mesmo sabendo que tem aula daqui a algumas horas e que você vai demorar a dormir, mas foda-se. A vida não é só sobre você.

"... Hã?" você atende, meio sonolento e eu penso que seria engraçado dizer que sofri um terrível acidente de carro e que só você pode me ajudar, porque meus pais não atendem, mas seria um grande desrespeito com as pessoas que realmente sofreram acidentes de carro.

"Oi. Acho que estou apaixonado por você."

"... sério?"

"Sério. Boa noite."

"Não!"

"Hã?"

"Não dá para ter uma boa noite agora."

Eu fico em silêncio, pensando que eu sou idiota demais, mas que eu sempre soube que não ia dar em nada. Meu coração volta a acelerar e eu vou deslizando o dedo para o botão de desligar, só que eu sei que não vou desligar, porque tua respiração ainda tá lá, tu ainda tá acordado e só por minha causa. A gente fica um tempão assim, só respirando, e eu penso que nunca mais vou conseguir dormir e que vou faltar o colégio amanhã só pra acabar com o constrangimento entre nós.

"Não dá." você repete. "Por que você não me contou isso de manhã, quando eu poderia te abraçar e te beijar? Babaca."

Eu rio e digo boa noite e você desliga. Meu coração parou de acelerar, eu viro de lado e durmo em um segundo.

terça-feira, 1 de março de 2011

alt + 3

Hoje meu dia foi tão feliz, sem nenhum motivo especial, que eu simplesmente precisava compartilhar aqui. É sério. Daqui a pouco a minha mãe volta de Brasília, fiquei sabendo que meu pai também vem, só que quinta-feira; eles conseguiram alugar a casa que queriam ("Tem vista pro cerrado, Morgana!", meu pai disse totalmente animado. O cerrado em Brasília deve ser o mar daqui do Ceará, né?); fiz 15 das 20 questões da minha prova de ontem, meu professor de Literatura fez aniversário, meus bullies não me perturbam mais porque correm o risco de serem expulsos, daqui a pouco tem America's Next Top Model e Top Chef (HAHAHA prazeres simples da vida), e... e... sabe, mais nada. Ah, e tem a expectativa de ter aula do Hermano e do Pybore amanhã e eu estou radiante de alegria! Vocês não gostam desses instantes em que parece que não existe nenhuma preocupação, tipo vestibular, fazer tarefas da apostila e coisas do gênero, pra te perturbar? Ah, é tão bom, gente. Vocês todos são tão queridos. ♥