quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

You cry until you laugh

Inglaterra, 15 de dezembro de 1999.

Querido L,

Essa carta nunca chegará até você. Diferente de todas as outras, eu vou entragá-la ao Sr. Wammy dizendo que ele só deve dá-la a você depois de ler, e se achar melhor fazer isso. E ele não vai achar. Ele nunca gostou de alimentar o meu amor por você. Eu quase escrevi o nosso amor, mas que tolice. Você é meu amor, e seu amor é... a justiça? Sim, sim. Eu só acho isso algo tolo de se amar. Como uma mulher vendada vai te ver melhor do que eu? Não vai, não é mesmo? A justiça nunca vai poder corresponder seus sentimentos.

Mas ah. Eu estou divagando, sinto muito. Imagino que o Sr. Wammy já esteja se sentindo constrangido, nesse momento. Mas não me importo. Eu estou sob um leve efeito de bebida, e já passa de uma hora da manhã, e talvez eu nem mesmo envie essa carta. Mas pelo menos, saberei que a escrevi.

Eu só... penso que você é o meu garoto, entende? Aquele para quem a minha cabeça sempre vai voltar, eu sempre vou lembrar, eu vou amar com uma intensidade anormal. Porque eu já me apaixonei de novo. Você gostaria dela, é uma linda garota. Não gosta de jogar detetive, no entanto, isso já te deixaria com um pé atrás. De qualquer forma, eu a amo. Muito, muito, e estou certa de querer passar o resto da minha vida com ela. Mas você...

Quer saber? Deixa para lá. Não vai fazer nenhum sentido você ler isso. Não será justo nem com você, nem com ela. Só fique vivo até o meu casamento, tudo bem? Antes de ser meu amor, você foi meu melhor amigo. E vamos continuar assim. Só... não morra.

Com amor,

Miller.

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