sábado, 31 de março de 2012

they would make your name sing

Você cria histórias inteiras, diálogos e sentimentos, e coloca a mão sobre o queixo, cruza as pernas na altura dos tornozelos e começa a declamar baixinho, como se fossem pequenas poesias que você decorou, do livro de Literatura. Mas todas as histórias vêm de dentro de você, de você para o resto do mundo - mas o mundo não escuta nada, vai da sua boca para seus ouvidos, sai do seu cérebro e volta para seu cérebro, e às vezes você chora e pensa que está sendo ridícula, chorando por algo que você criou, por um sentimento que você mesma inventou. Mas é de verdade. Você é de verdade, então suas histórias são reais. Imagina só, tudo o que tu inventa cria um universo paralelo em que essas coisas acontecem. Você sussurra histórias para as suas mãos, e imagina que não é nada demais, mas alguma coisa grande está acontecendo. E você nem sabe e nem tem como saber, e você é ao mesmo tempo a borboleta e o furacão.

4 comentários:

BARROS, Bruna Andrade. disse...

Você é feita de amor. ♥♥♥

BARROS, Bruna Andrade. disse...

Agora eu tô chorando, olha que coisa. Relendo, sorrindo e chorando. Pensando no quanto eu amo você. ♥

Bianca Caroline Schweitzer disse...

Eu te adoro, vergamota!

Lorena disse...

Oi,

você não tem nem ideia de quem eu seja, mas eu já leio o seu blog há um bom tempo. Bom tempo sendo mais de um ano ou até dois, não lembro. Vim parar aqui por causa das suas fanfics e acabei descobrindo o nosso amor compartilhado por Álvares de Azevedo. Nunca mais fui embora. Desde então, já li vários textos que me fizeram sentir como se eu mesma os tivesse escrito. E quase comentei muitas vezes. Mas não vinha aqui há meses. Você tem uma capacidade incrível de me mandar pros confins da minha própria mente sem nem mesmo me conhecer. E eu andava fugindo de mim já há algum tempo. Então sumi. Mas hoje eu voltei, porque me deu saudade. Pode ter tido alguma coisa a ver com eu ter aberto a janela do quarto pela primeira vez em meses também, não sei. Mas o caso é que eu quis abraçar a tangerina um pouquinho. Aí encontrei esse texto. E vi a mim mesma, de novo. Tava desacostumada com isso, acho. Mas, enquanto lia, me vi deitada na minha cama, perdida nas vidas de outras pessoas, pessoas secretas, que me consomem e quase me cegam, mas que eu amo. Sempre soube que os sentimentos deles e as vidas deles supriam a minha própria carência de vida. Mas não me sentia real há muito tempo. Tinha deixado de vê-los como reflexo de mim pra viver em função das minhas estórias. Era uma forma de viver através de algo, como sempre foi com os livros. Hoje, ao encontrar esse texto pequenininho de meses atrás, eu me senti, de fato, como a borboleta e o furacão. Me senti de verdade, me senti transformadora. E eu sei que é loucura se derramar assim na internet pra alguém que não se conhece, mas eu precisava dizer isso. Porque essa não é, como eu já disse, a primeira vez que me sinto assim, tão dentro e fora de mim ao mesmo tempo, com as coisas que você escreve. Sempre quis aparecer e dizer "você é incrível!!", mas nunca tive coragem. Hoje me deu alguma coisa, então eu to aqui. E queria dizer, acima de tudo, obrigada. Enfim, é isso. Não me ache maluca, por favor!!!
Lorena