sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Imagine

que você é sonhadora e idiota e cria um cara perfeito na sua cabeça. Você nunca formula uma imagem física dele - às vezes, ele usa óculos, outras não. Às vezes, tem cabelo escuro, outras, claro. Varia muito -, mas você sabe umas características bem específicas. Ou melhor, a junção de vários gostos seus: toca piano, é fanático por música, tem um papo legal, gosta de boa literatura e coisa e tal. Você poderia chamá-lo para sempre de Cara Perfeito, mas você quis dar um nome para ele, então você deu um nome que está presente numa música de Legião Urbana. Desde então, sempre que precisava usar um personagem original, usava com esse nome. Era o seu Cara Perfeito, só de brincadeirinha de menina.

Agora imagine que surge um cara que tem defeitos e tudo o mais, mas que toca um pouco de piano, ama muuuuuuuuuito música, tem um papoi super legal e gosta relativamente de boa literatura, principalmente Machado de Assis. Surpreendente, não?

Agora imagine que ele tem o nome do personagem que você criou.

Pois é.

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