terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Não dá para olhar para o meu papel de parede sem sentir vontade de chorar
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Olá
(inspiração daqui)
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
MEME de final de ano.
O que te marcou em 2009? Cite:
1. Cinco Bandas/Cantores(as)
Panic at the Disco, Lostprophets, Legião Urbana, The Beatles, AC/DC.
2. Cinco Filmes
Quatro amigas e um jeans viajante, Quatro amigas e um jeans viajante 2, Martian's Child, Across The Universe, O nome da Rosa.
3. Cinco animes/mangás e/ou comics
NANA, D.Gray-man, Pandora Hearts, Naruto, Vampire Knight.
4. Cinco shippers
Nana/Hachi, Break/Raven, Sétimo/Miguel, Guilherme/Tiago, Gaara/Naruto.
5. Um jogo(video game, PC ou celular)
Canabalt.
6. Cinco pessoas
Vamp's, Cord, Téh, Átila, eu.
Para 2010: 7. Uma banda/cantor(a) que você gostaria de conhecer melhor 8. Um filme que você gostaria de assistir 9. Um livro ou mangá que você gostaria de ler 10. Cinco sonhos de consumo 11. Um sonho geral 12. Uma meta
Relient K.
Star Wars. (TODOS, de novo, porque da primeira vez, eu praticamente dormi...)
O último olimpiano.
Um livro que tem na biblioteca pública do Álvares de Azevedo, uma blusa da Medusa, mais livros, comprar a arma que vai matar a SMeyer, um CD do Radiohead.
Ir para a Irlanda! (e conhecer Artemis Fowl II...)
Conseguir escrever de novo. (q)
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Conflito
"Eu preciso de você" ela murmurou, com a cabeça enfiada no peito dele. O agarrava com força, apertando suas costas. Deliciava-se sentindo as mãos dele ao redor de seu pescoço. Mas talvez aquelas sensações todas não fossem sentíveis naquele momento. Porque ele estava partindo, e ela não queria que ele partisse. O apertou com mais força, tentando transmitir aquela ideia. "Por favor, não vá."
Ele a empurrou de leve, olhando para o rosto dela. Ele estava sério, ela estava chorosa. Ele odiava vê-la assim, ele odiava saber que causava isso nela - ele odiava saber todos os sentimentos que causava nela, até mesmo o amor, porque não considerava saudável se amarem assim. "Eu tenho que ir, você sabe. Mas eu volto próximo mês."
Próximo mês, ela repetiu mentalmente. Passou a língua pelos lábios brancos. Fechou os olhos, sentindo vertigem, sentindo dor de cabeça. Sentindo o que não queria sentir, sentindo o que precisava sentir. Como era possível sentir tudo aquilo? Sentir tantos calafrios, só de vê-lo com aqueles olhos sérios sobre si. Aquele poder tamanho sobre ela... Não era possível. "Vá embora, então." ela disse, com a voz embargada, tentando parecer mais cruel do que realmente conseguia. "Eu não me importo, sabia? Pode ir embora e nunca mais voltar. Nem próximo mês, nem próximo do próximo, nem nunca. Vai."
E ele não disse nada. Porque sabia que ela mentia, porque sabia que, se não voltasse, era capaz de ela enlouquecer. Ele não conseguia suportar aquele amor que ela nutria por ele. Ela estava tão dependente, era enlouquecedor. Ele não conseguia aguentar a pressão de nunca poder machucá-la. Mas não era essa a pior parte - ele a amava. Com toda a imperfeição dela, ele a amava. Ele a amava tanto que acordava no meio da noite, com o coração quase perfurando o peito, pensando nela. Mas não conseguia depender dela. Não conseguia depender de ninguém. "Você não quer que eu vá."
"Eu quero!" ela choramingou, tal qual uma criança birrenta. "Eu quero que você me deixe para sempre. Eu quero que você se agarre com um milhão de mulheres, eu quero que você transe com todas e eu ainda quero que você pegue AIDS, seu doente. Eu quero que você seja muito feliz com uma loira peituda e bunduda, com lábios finos e sorriso aristocrático. Eu quero estar na Igreja no dia do seu casamento, eu quero responder que tenho algo que impeça o casamento e eu vou dizer... eu vou dizer que você é um bundão e que ninguém merecia casar com você. Eu quero que você sofra, sempre, sempre, sempre. Eu quero que você saiba que eu te amo e que eu te amarei para sempre e quero que você sempre sinta culpa por isso. Eu quero que você vá para a China, catar arroz. Eu quero que você demore bem muito a morrer, para ficar bem velho e enrugado, eu quero que você..." ela começou a respirar fundo, vendo aqueles olhos sérios sobre si. Olhos céticos, de quem não acreditava em uma palavra. O corpo dela tremeu e ele a segurou. Ela tentou segurar as lágrimas nos olhos. "Eu quero que você..."
"Você não quer nada." ele disse. "Ou melhor, você me quer. E eu quero você. E é isso, e nós vamos ficar juntos para sempre. Ou melhor, você vai ficar comigo para sempre, porque quando eu morrer, você vai morrer. Mas quando você morrer, eu ainda seguirei em frente. Entendeu?"
Os olhos dela se arregalaram mais e mais. As lágrimas agora pingavam, incontáveis. O corpo tremia e queria ir ao chão - só não ia porque ele a segurava. Mas aquelas palavras... parecia que ele tinha escrito-as no seu cerébro. Tinha certeza de que nunca ia esquecer daquilo. Sabia que podia morrer naquele momento. Sabia disso. E tinha que acabar com aquilo naquela hora. Tinha que sair dali e nunca mais vê-lo. Mas não conseguia. Precisava dele como precisava de ar. Ofegou. "C-como..."
"Como eu me atrevo?" o sorriso dele era pequeno. "Atrevendo-me. Você nunca se atreve a nada. Você só consegue me amar. E eu te amo, nunca pense o contrário. Mas você... você depende de mim, não é mesmo? Eu não queria isso, eu queria que fosse igual. Porporcional. Mas não é minha culpa você ser tão... idiota." ele riu ao ver a cara chocada dela. Afagou-lhe os cabelos e a puxou novamente, abraçando-a com força. Ela tremia e tremeu ainda mais quando ele chegou a boca para seu ouvido. "E sabe do que mais? Eu estou indo embora agora... mas só fisicamente. Porque eu estarei sempre, sempre, sempre na sua cabeça. Sempre, entendeu? Você nunca vai conseguir se livrar de mim, meu amor, mas eu posso me livrar de você sempre que eu quiser..." mordeu o lóbulo da orelha dela, carinhosamente. "Até mês que vem."
Ele a soltou, ela caiu e ele se foi.
(e eis mais um conflito entre Ariel e Caliban - se bem que o Ariel é um cara também, mas já que eu ia trabalhar com pronomes...)
Eu
prendi a respiração. Eu esmaguei o papel entre as mãos. Eu comecei a achar que deveria fazer alguma coisa que valesse a pena; começando por aquilo. Porque a minha vida era um fracasso a todo instante - e eu sabia que era minha culpa. Então tudo podia dar certo a partir daquele instante, não é? Não é? Meu estômago revirava demais e o papel estava ficando molhado com o suor das mãos. Corri. Parei. Andei. Parei. Pontinhos brilhantes apareciam por trás dos meus olhos. Calma, calma, calma. O coração batia tão rápido que eu escutava a circulação nos meus ouvidos. Eu quase podia vomitar de tamanha ansiedade. Quase tropecei nos meus próprios pés quando tentei correr de novo. Parei de novo e comecei a respirar fundo. Nada da minha vida valia a pena antes daquele momento. E só valeria a pena se eu conseguisse. Então eu tinha que conseguir, não é? Claro que sim. Lembre-se de Highway to Hell. Ninguém pode de parar agora, você já está going down mesmo.
"Ei!" chamei. Ele se virou e eu só consegui colocar o papel em sua mão, antes de desmaiar.
sábado, 5 de dezembro de 2009
Eu sei
Mas querem saber?
(e eu sei que não querem, mas...)
I don't care.