domingo, 7 de março de 2010

Manuel Bandeira

Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.


Imagino Irene entrando no céu:
— Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
— Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.

(o nome da minha avó é Irene. Ela não é preta, não a considero atualmente uma pessoa "boa" e ela raramente está de bom humor. Mas eu sempre acabo imaginando-a nesse poema - e torcendo por isso)

Um comentário:

Julia disse...

é um dos meus poemas preferidos dele!