sábado, 6 de fevereiro de 2010

Há tempos

Um ano! Um ano?
Mas já? Mas tão pouco?
Um ano?! Mas não foi ontem?
Um ano... mas não foi há séculos?
Um ano! E eu cá e tu lá.
Um ano? E nós assim, distantes.
Um ano, hahaha, que piada! Um século.
Um ano-século-e-pouco, bem verdade.
Meu vestido bate nos joelhos! Joelhos!
E você sonhando em ver meus tornozelos...
Antítese personificada, não é mesmo?
Um ano = um século.
Um século = um milênio.
Um milêni... Ah, para! Um ano eterno.
Uma eternidade dentro de um ano.
Desde sempre, desde ontem, desde quinze dias.
Desde de 1831.
Desde antes de 1831 - balada de amor através dos séculos!
Beija-me e casamos. Haha, não.
Não me beija, não casamos, nada acontece.
Um ano! Um ano! Um ano!
Um ano! - antítese personificada
Um ano! - na sacada da janela, olhares
Um ano! - (sangue na) tosse
Um ano! - Ariel e Caliban e Ironia
Um ano! - e uma lira para mais dezenove
Um ano! - Pálida, à luz da lâmpada sombria...

Um comentário:

Stefany Monteiro disse...

Que foda! ♥
E que bonito seu amor por ele perdurá por um ano.
Um ano? Hahá.
Não, sério, adorei. ♥