sábado, 27 de fevereiro de 2010

Isso é um desabafo. Não gosta, não leia.

Sim, pode parecer que eu tenho coração de gelo (ou não, hein...), ou então que eu não dou a MÍNIMA para ninguém, el sol mal e quero que o mundo se exploda!!111!! rsrsrs. SIM, EU FALO COISAS MÁS. Sim, eu sou chata com vocês. E reclamo e os desprezo, mas é que eu sou impulsiva. E... eu me arrependo. Logo depois, eu me arrependo. E eu não peço desculpas e eu também não vou mais pedir. Vocês acham, mesmo, mesmo, mesmo que eu não fico apreensiva quando vejo algo nos blogs de vocês relativos a raiva de alguém? Porque, até eu saber que não, sempre parece que sou eu. E não foi em duas vezes, se não me engano. Porque quando... que saco, eu ODEIO chorar, mancha meus óculos... enfim...

Eu estou cansada de sempre ser retratada com uma analogia má. Ou como eu faço sofrer, "... apesar de eu não me importar, bláblá". Mas eu DETESTO. Detesto quando leio coisas bonitinhas pros outros e coisas ruins para mim. Detesto, detesto. E eu sei que eu faço por merecer, mas eu sou idiota. Que saco. Odeio isso. Odeio, odeio, odeio.

Eu... argh. Eu estou cansada. Cansada.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Tango argentino

Agarro minhas próprias mãos molhadas de suor, porque não posso agarrar as de outra pessoa.
Respiro, respiro, respiro. Trinta e três vezes.
Meu coração acelera demais, tanto, tanto, tanto que parece que a qualquer momento vai parar.
A vida inteira que não podia e não vai ser.
E não há médico nenhum que resolva isso.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Cardisplicente

Desculpa por às vezes achar que você é mais fraco do que realmente é. Às vezes te subesitmo, é verdade, mas você não pode ser superestimado, concorda? No final das contas, nós dois estamos fazendo tudo errado. Desculpa. Mas você também já me fez passar por maus-bocados... no final, a gente acaba cuidando um do outro. Eu não sou assim, tão cardisplicente.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Insinuação azul

Eu gosto dela. Sei lá a razão - ela só me parece legal demais, foda demais, quase irreal. Eu acho que eu gosto dela porque ela pinta o cabelo de vermelho, que nem eu. Ou porque algumas coisas que ela diz se parecem com coisas que eu diria e eu sou egocêntrica o suficiente para isso. Eu gosto dela em silêncio, porque mesmo a tendo no msn, nós não conversamos muito. Eu sempre puxava um assunto bobo e achava que a conversa morreria ali, mas ela continuava. Porque, se você der só uma rápida olhada, ela vai parecer revoltada demais ou algo assim, mas ela é gentil. Provavelmente ela nunca lerá esse texto, mas isso não me importa. Eu já escrevi milhares de coisas para milhares de pessoas que nunca lerão essas coisas e acho que é aí que está a magia da coisa. Eu só espero que ela consiga sentir isso - não sei, eu nunca deixo comentários nas postagens dela, mas eu leio todas. Isso me envergonha e um dia eu começo a deixar. Prometo. Eu tô dizendo tudo isso porque você vai querer ler as coisas dela quando terminar de ler essa postagem, então... eu vou dizer porque estou fazendo isso: por isso aqui. Não foi para mim, obviamente, mas eu peguei as palavras para mim. Obrigada. Mesmo que você não escute, obrigada. Tomara que você seja muito feliz.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Amor, meu grande amor

Venha para mim e afague meus cabelos enquanto eu durmo; deslize seus dedos de pianista-violinista pelas minhas costas brancas e beije minha bochecha. Acaricie meus lábios com suas mãos de poeta, sussurre poesias decoradas às pressas dos livros de Literatura no meu ouvido. Cante algo dos Beatles para mim - sua voz nem é tão bonita, mas eu ainda quero ouvi-la. Elogie meu cabelo que agora é curto, passe o nariz pelo meu pescoço e fique meio frustrado por eu não ser tão sensível como todo mundo é nessa região. Deixa que eu sinta seu perfume bem demoradamente, e é bom que seja um perfume natural, porque eu sou alérgica aos outros. Deixa eu te abraçar e tenha paciência comigo, quando eu for muito melosa ou muito má. Morda meu ombro bem devagar e me deixe te morder com força e me arrepender logo em seguida. Deixa que eu hesite em te beijar por causa do aparelho e do medo de te machucar. Deslize seus dedos pela lateral do meu corpo, só as pontas deles e fique satisfeito assim, porque desse jeito eu me arrepio. Diga algo bem idiota para me fazer rir e diga que prefere minha risada de porquinho. Prometa que, mesmo que um dia acabe, você não vai se esquecer de mim. Deixa eu abrir os botões da tua camisa, um a um, com um sorriso engraçado no rosto; que eu te deixo mexer no meu pulso e tento não fazer careta. Vamos para o shopping, gastar horas na livraria, gastar horas no cinema e vamos prestar atenção no filme, porque nós não somos um casal tão bobinho assim. Você vai saber a hora certa de me beijar - não se preocupe, você saberá, porque eu é que vou segurar seu queixo. Ria bem baixinho quando eu ficar corada por qualquer coisa e coma tangerinas comigo. Agarre minha mão subitamente e fique olhando para meus dedos e ria, dizendo como minha mão é gordinha. Nem ligue para eu ser toda gordinha. Tenha um chilique enciumado, pedindo por favor, não use essas meias na frente do teu melhor amigo. Então, deixa eu te dizer, vou usar minhas meias só para você, deixando só que você as tire. E então eu vou ter que te implorar para tocar uma música no piano para mim, e você vai dizer que nunca tocou essa para mais ninguém. Ria no meu ouvido e eu rirei também, e nós sussurraremos ao mesmo tempo (tão clichê, tão mentiroso, tão bobo, mas tão real será!) I love you until I die.


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Bianca Caroline

Eu só seu que o nome dela é engraçado de um jeito legal e que as reviews dela normalmente são minúsculas e completamente sinceras. E eu nunca conversei com ela nem nada e eu tenho o mau hábito de não responder as coisas, então eu peço desculpas. Então, Bianca Caroline, é o seguinte: Chocolate é uma pessoa, gorduras trans são só sobre eu ser gorda, mas ter amor dentro de mim. Acho que nós não nos esbarramos quando caimos na piscina, porque assim que caimos, nadamos para longe. Não precisa ter inveja de todo esse amor, ele não faz bem às vezes. Aquele post abaixo foi um sonho, com um cara chamado Demian. É um livro, eu leria se fosse você, Bianca Caroline. Obrigada pelo comentário no texto ultrarromântico do Blasé, aliás. Obrigada por todos os comentários, mesmo que eles tenham só uma linha. Obrigada pela Konohamaru/Hanabi, também. Obrigada, Bianca Caroline. Eu realmente gosto de você, guria. E eu nem sou do sul para falar "guria", mas tudo bem.

Ele está em todos os lugares

Ela olha para o espelho e o reflexo a encara de volta e ela abre a boca e começa a falar. A perguntar, perguntar muitas coisas que nem se lembra mais, mas alguns pequenos fragmentos ela lembra - coisas sobre amor, sobre a morte, sobre a vida, sobre a eternidade. Ela fala tanto, pergunta tanto. E seu reflexo sorri ante sua ânsia. Ela fala, fala e o reflexo só sorri calmamente, como se já soubesse de tudo aquilo - tudo o que ela iria perguntar, e talvez soubesse todas as respostas. Ela nunca saberia. Ela apoia a mão no espelho e o vidro quebra e corta a sua mão e o sangue escorre e quando ela olha de novo, não é mais o reflexo dela. É ele que está lá, sorrindo.

Ela acorda. Assustada, sobressaltada, com o coração aos pulos. Acalma-se e põe a mão sobre o peito - ele está em todos os lugares, então basta buscá-lo dentro de mim.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Retrocesso

O dia fica nublado e eu o sinto. Eu encosto minha cabeça no vidro do carro e pareço ser transportada para uma época completamente diferente, eu sinto meu corpo ali, no carro, mas minha mente flutua. E eu não vejo nada direito, só uma saia rodada ali, areia da praia acolá. Não faz muito sentido, minha cabeça entra em torpor e é só. E eu vejo aquelas casas antigas no centro da cidade e imagino as famílias que lá viveram. Eu seguro as grades da minha janela e vejo uma árvore e o céu cinzento e... do meu lado, parece haver outra janela e um poeta e... e nada, ué. Não há nada.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Retalhos

Eu tinha cinco anos e nenhum amigo. E eu brincava sozinha, porque desde sempre eu moro nesse prédio e quando eu era criança eu sempre descia para o parquinho. E brincava só, só, e ficava rodando e rodando e às vezes caia e ninguém vinha, mas eu me levantava. Só que uma vez eu cai assim, BAM, bem de frente, ralando os joelhos e os cotovelos e sujando a cara de terra. E eu comecei a chorar, porque eu só tinha cinco anos e aquele sangue todo simplesmente ardia, mas ninguém ligava muito para isso. E eu enfrentei e fui para o meu prédio, subir todos os quarenta e oito degraus até o quarto andar, sozinha. E, ao chegar no segundo, tinha um guri descendo. Ele deveria ter dez anos e eu não lembro do rosto dele, nem dos olhos, nem das mãos. Eu não lembro de nada. Mas ele disse "Nossa! Em que andar você mora?!" e eu solucei um "Último" (porque eu ainda não sabia numerais, não é?) e ele me pegou nos braços e eu chorei e ele me carregou todo o caminho, só dizendo que eu ia ficar legal. E perguntou qual era meu apartamento e eu apontei e ele me soltou, tocou a campainha e desceu e eu fiquei chorando na porta e meus pais vieram me ajudar. Nunca mais o vi e sinto falta dele até hoje.

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Eu tinha cinco anos e treze meses - haha - e era Ntal. Deram-me um pacote grosso e vermelho e eu abri e caiu um livro no chão e eu nem liguei, porque eu ainda não tinha esse apreço todo pela integridade física dos livros. O nome dele - eu demorei um tempo para ler - era Harry Potter & A Pedra Filosofal.

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Eu estava na primeira série num colégio novo e meus únicos amigos eram os livros.

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Eu estava na segunda série num colégio que não era mais tão novo e meus únicos amigos eram os livros.

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Acho que eu tinha medo das pessoas, até mesmo na terceira série, porque até meus cinco anos eu era excluída dos convívios normais nas salas de aulas, sempre deixada de lado, se vinham falar comigo era só para rir e falar "rolha de poço", "baleia" e "saco de areia", além de outros que eu não lembro, mas que ainda ficam refletidos em mim. Infelizmente, eles nunca souberam do mal que causaram.

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Eu rezava toda a noite e minha mãe dizia para eu pedir algo, mas eu nunca pedia nada, porque eu... não tinha nada que pedir, ué. Na terceira série, éramos eu, Vanessa, Isabelle, Íris e Marianne. E Jéssica, acho eu. Não lembro se ela entrou na terceira ou na quarta série, mas eu dizia que tinha amigas. Haha. Era meio engraçado isso, era só uma faltar e todas começavam a falar mal da coitada e teve uma vez que a Jéssica faltou e eu disse "ela é como uma azeitona enfiada num palito!" e todas nós rimos, e eu acho que tremi por dentro pensando o que será que elas falavam de mim quando eu não estava.

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As crianças podem ser bem crueis quando querem.

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Eu gostava desse menino, o Ranieri, desde a primeira série, acho. Porque, mesmo sendo ignorada por todos, ele ainda me destinava um sorriso de vez em quando e era isso que era gostar para mim. A Marianne chegou na terceira, descobriu isso e ficou com ele. No final do ano, algo a levou a escolher entre eu - a primeira pessoa que falara com ela quando ela entrara! Por que, hein, Deus? - e o Ranieri. Adivinhem.

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Quando a gente perguntou para a Vanessa em que ordem ela colocaria as amigas dela, ela disse o seguinte: "Isabelle, Marianne, Jéssica, Íris e Morgana." Eu fiquei chateada.

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Hoje, se a gente perguntar isso para ela, acho que ela dirá "Não sei quanto aos outros, mas a Morg fica em primeiro lugar", sorrindo daquele jeito meigo.

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O nome dele era Lucas Cordeiro Herculano, mas como já tinha um Lucas na minha vida, eu só o chamava de "Cordeiro". Pegou e hoje são poucos os que o chamam de "Lucas", se excluirmos os familiares. Eu o conheci em 2004 e ele também lia Harry Potter - o único além de mim. Deuses, como eu o odiava!

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Na comemoração de Páscoa do colégio, quando tivemos que recortar coelhinhos como marca-páginas, eu sofri bullying por alguma razão. Jéssica e Cordeiro estavam recortando suas coisas num canto, porque eles eram acostumados a isso. Eu sentei ao lado deles e comecei a conversar, daí eu disse "Vocês são amigos muito melhores do que eles! Vou ficar com vocês para sempre" - a promessa, a curto prazo, durou até o dia seguinte. A longo prazo, nunca fui muito amiga da Jéssica. Mas o que você me diz sobre isso, Cord?

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No final da quarta série, a gente ia mudar de sede. Do Júnior para o Central. E teve uma excursão para um canto legal e por alguma razão, eu, Vanessa e Cordeiro ficamos juntos o tempo todo. Brincando de Harry Potter. Estávamos num parquinho, nos balanços, e Vanessa diz: "Eu até gosto da Umbridge". Eu e Cordeiro nos entreolhamos e falamos, em uníssono: "O QUEEEEEE?!"

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Com quem eu andava na quinta série? Eu estava numa sala completamente diferente. Sei lá, acho que com ninguém. Ou com a Thiara e a Bruna... o mesmo que ninguém.

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Eu gostava do Eládio, porque era modinha gostar dele. Tanto faz. Tá aí um cara que, até hoje, eu não sou muito atraída por.

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Eu odiava novela, se fosse mexicana, então... mas todo mundo cantava umas músicas em espanhol direto e eu ainda não tinha cabeça y no era rebelde.

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O nome dela era Stefany e eu só sei que ela andava com as patricinhas, até ela levar um baita tapa na cara por um motivo que até hoje eu não entendo bem, e passar a andar com uma tal de Ravelle. A Ravelle sentava perto de mim, da Raquel e da Bianca (quando o grupo de amigas mudou?!) e a Stefany passou a se sentar também. A Ravelle começou a ser amiga da Maíra, e a Stefany começou a ser minha.

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Eu a chamava de "Tefy" e gostava mais dela do que da Bianca e da Raquel, porque a Raquel era má, muito má. Acho que aprendi com ela.

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Era julho de 2006, quando eu perguntei para a Tefy, "vc sabe o que eh fanfic?"

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No começo de 2007, eu já ODIAVA quem escrevia errado no MSN.

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Ele era José Amazonílio, mas todo mundo o chamava só de Zé, e ficou meu amigo tão do nada que eu nem consigo falar. E o tal do Cordeiro foi para a minha sala e eu, ele, o Zé a Tefy viramos uma espécie de quarteto fantástico. A Tefy dizia que gostava do Zé (só que, desde sempre, ela gostava do Eládio) e eu disse para ela se declarar. Ela se declarou, eles namoraram por um dia no shopping, e no dia seguinte ele terminou com ela para ficar com a Ylana.

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Durante aquele dia, eu perguntei ao Cordeiro "Você ainda gosta da Tefy?" e ele disse "Não". Mas nós dois sabíamos que ele estava mentindo, e resolvemos ignorar.

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Eu nem lembro como eu dei meu primeiro selinho, só sei que foi num jogo de Verdade ou Desafio da quarta série. E eu ria do Cordeiro, já em 2008, porque ele era BV. A gente deu um selinho, mais ou menos na época do Festival, e eu conto isso como o meu primeiro beijo, porque é o que eu lembro. Eu dizia que já tinha tirado o BVL, mas eu era, quem iria beijar uma menina gorda e feia de língua? Mas era legal não ser BVL e rir do Cordeiro por ele ser. Quando a Tefy perguntou "Cord, tu é BVL, né?" e ele assentiu, ela perguntou para mim e eu gelei e pensei em assentir, mas ia parecer idiota demais e eu disse que "Claro que não!" e ri. "Então o que vocês estão esperando?"

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A gente foi indo pro quarto do Zé, para nos beijarmos de língua com privacidade e eu estava morrendo de medo, porque eu tinha dito que já tinha beijado de língua, mas nunca tinha. Chegamos lá, fechamos da porta e fizemos algo estranho que só dois virgens de beijos e de outras coisas fariam. Só demos um beijo, e foi esquisito e engraçado e eu pensei "nossa, esse foi meu primeiro beijo!" e abracei o Cord, mesmo ele tendo arranhado minha lingua e ri. "Seu coração está batendo tão rápido", eu disse e ele não respondeu nada.

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O "relacionamento" acabou quando eu perguntei "Você ainda gosta dela?" e ele disse "Gosto". Acho que foi daí que surgiu meu complexo de inferioridade em relação a você, Teddy.

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A Vamp's (e ela passou a ser Vamp's porque eu comecei a chamá-la assim) nunca tinha beijado e todo mundo era idiota e fazia pressão e o Cord dizia que gostava dela e eles deram um selinho. E depois, de bastante tempo, um beijo de verdade.

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E eu escrevi um montão de coisas, milhares, e o post ficaria imenso, mas o computador deu erro. E eu tô com odio e vontade de chorar, mas quer saber? Um dia eu termino. São só retalhos, afinal.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Odeio-te

Por Me questionar, pode duvidar de Mim. Por Me chamares de injusto, de mau. Odeio-te completamente, porque mesmo Eu sendo feito de amor, amor simplesmente, tu ainda conseguiste fazer com que Eu te odiasse. Deveria te amar, deveria amar a todos, mas por que não você? Você, você, você e sua completa idiotice. Duvidando do Meu mundo! Meu mundo que, na Minha cabeça era perfeito, mas quem mandou Eu presentear vocês com o livre-arbítrio? Odeio-te por ainda ser bom, por só ter cometido um único deslize, enquanto Eu, sem querer, cometi vários. Odeio-te por não permitir que te matassem, odeio-te por ter lhe dado a chance de andar para sempre por aqui. Odeio-te, Caim, por não Me amares como deveria.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Não é gordura trans

O negócio é o seguinte: eu ficava pensando sobre como o meu corpo não era... agradável ao que as pessoas consideram bonito atualmente. Então eu pensei em um modo de justificar e cheguei à conclusão de que... vocês sabem, coisas psicológicas que são tão-tão fortes que não podem ficar apenas no plano psicológico, tem que ir para o físico. É isso que acontece com o amor. O amor é tão... er.... grande dentro de mim que teve que ir para o plano físico.

Isso que eu carrego não é gordura, não. É só amor demais.

(L)




sábado, 6 de fevereiro de 2010

Há tempos

Um ano! Um ano?
Mas já? Mas tão pouco?
Um ano?! Mas não foi ontem?
Um ano... mas não foi há séculos?
Um ano! E eu cá e tu lá.
Um ano? E nós assim, distantes.
Um ano, hahaha, que piada! Um século.
Um ano-século-e-pouco, bem verdade.
Meu vestido bate nos joelhos! Joelhos!
E você sonhando em ver meus tornozelos...
Antítese personificada, não é mesmo?
Um ano = um século.
Um século = um milênio.
Um milêni... Ah, para! Um ano eterno.
Uma eternidade dentro de um ano.
Desde sempre, desde ontem, desde quinze dias.
Desde de 1831.
Desde antes de 1831 - balada de amor através dos séculos!
Beija-me e casamos. Haha, não.
Não me beija, não casamos, nada acontece.
Um ano! Um ano! Um ano!
Um ano! - antítese personificada
Um ano! - na sacada da janela, olhares
Um ano! - (sangue na) tosse
Um ano! - Ariel e Caliban e Ironia
Um ano! - e uma lira para mais dezenove
Um ano! - Pálida, à luz da lâmpada sombria...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Mala azul

(leia aqui o começo disso)

Ela olhou para a cama desfeita e sentiu lágrimas se acumularem nos olhos, como sempre acontecia quando chegava esse dia específico do mês - quando ela ficava lá, ouvindo a água do chuveiro cair com força e olhando a cama bagunçada e a mala dele. E então ela fez algo atípico, sentou-se na cama metodicamente bagunçada e pegou a mala dele, tão desorganizada (como ele, como ela, como ambos) e a abraçou com força demais; como se fosse ele ali e encostou a cabeça na mala, tentando não chorar. "O que você está fazendo?" ele apareceu na porta do quarto, só de toalha, molhando o chão. Ela nem levantou os olhos, só apertou a bolsa com mais força.
"Senti tanta falta dessa mala..."
Ele a olhou, num silêncio contemplativo e sentiu coisas demais. Deu de ombros. "Que bobagem"
Ela já sabia que ele iria responder isso, então soltou a mala e saiu.

Acordou e tateou a cama e não o sentiu, então arregalou os olhos e se levantou correndo e tropeçante, o coração desparado, indo até o interruptor. Ele não estava mais lá. E dessa vez, nem havia se despedido. Ela começou a respirar com dificuldade e sentiu-se sem chão, porque ele tinha partido mais uma vez e sem se despedir. Ela pensou em cair no chão e ficar lá, deitada para sempre, mas então viu no canto da cama algo azul e reconheceu como sendo a mala dele. E ela sorriu e ele não tinha ido embora, não era? Correu até a mala. Vazia. Abriu os armários. Vazios. Piscou e foi até a mala de novo, pegando-a. Um papel caiu. "Fique com ela para você - C", tinha escrito. Ela riu e chorou e abraçou a mala azul.

Ele desceu do trem sozinho, segurando uma mala negra novinha em folha.

love needs you all

E eu quero dizer que, se um dia vocês não se sentirem amados, é mentira. Vocês precisam de amor sim, todo mundo precisa, mas sabe o que é? O amor é que precisa de pessoas como vocês. Eu podia explicar aqui as razões para vocês serem merecedores, por serem especiais e por que o amor precisaria de vocês, mas eu nem vou. Eu só vou sorrir de um jeito que será uma tentativa de enigmático, dar casualmente de ombros e murmurar "Porque sim, ué."



(e tem uns intrusos na foto, mas vamos fingir que não ligamos)
(e sim, aquele negócio no meu cabelo era uma junção de algumas pulseirinhas de neon)

all you need is love

Então, eu quero que vocês saibam que mesmo eu sendo uma idiota de marca maior, preconceituosa com certos estilos musicais, extremamente hipócrita; apesar do meu estilo "vou humilhar vocês, HAHAHAHA", respostas sarcásticas, língua de cobra afiada, olhos pequenos e maldosos e uma melancolia grande demais dentro do meu ser e apesar de eu perturbar tanto, tanto, tanto vocês com isso, de forma irritante e que dá vontade de me chutar nas canelas, nos joelhos e nos tornozelos; eu quero dizer que eu amo todos vocês. Eu amo todos vocês demais, demais, demais. Vocês são meus amores, meus queridos, meus seis, minhas metades. Tipo o Voldie, sacas? Ele dividiu a alma em sete partes - seis em coisas e uma que ficava nele. É assim. Eu fico com uma parte da minha alma e as outras ficam em vocês. E eu quero pedir desculpas pelas coisas depressivas que eu falo, e por às vezes não falar completamente o que eu sinto. Eu quero pedir desculpas por isso, porque vocês me conhecem o suficiente para saber que eu fico envergonhada falando sobre mim - é tão mais fácil escrever! Eu amo vocês. Porque vocês me entendem, porque vocês são fantásticos, porque vocês são vocês, são... vocês. Vocês são o amor. Amor, amor, amor, amor, amor, amor! Meu amor dividido em seis partes! Vocês são tão vocês e tão de vocês e tão meus, meus, meus porque eu sou possessiva e egoísta e eu sempre vou querer que vocês sejam felizes, porque vocês são partes de mim e eu quero ser feliz. E eu quero que vocês todos, meus pólos positivos, meus lados bons, meus Luke Skywalkers sejam... amados. Vocês são amados. Muito, muito, muito e eu quero que vocês saibam que eu amo vocês tipo... PARA SEMPRE, e quando eu chegar ao Céu - porque, mesmo com todos os meus defeitos, Deus sabe que eu O amo. E que eu tenho medo do Cão. Enfim - e se todos vocês morrerem antes de mim (IMPOSSÍVEL), eu vou perguntar "onde é que eu tô, hein, Senhor?", porque seis partes de mim já terão ido, então vai ser o mesmo que eu já ter morrido antes, bem antes e se eu morrer antes de todos vocês (PROVÁVEL) eu vou dizer: "DEIXA EU VER O MEU FUNERAL, SENHOR!!!" porque eu vou querer abraçar todos vocês e vê-los chorarem e depois terminarem o dia dançando La Bamba. E então, os seis ficando depois e se ajoelhando diante da lápide e lendo "Não foi poeta, mas sonhou e amou na vida" e alguém ri para cortar o silêncio macabro e diz "É, pelo menos ela está com o Álvares agora" e eu e o Álvares, fantasminhas camaradas, iremos nos entreolhar e sorrir e eu vou beijar a cabeça de cada um de vocês e vocês não vão sentir mesmo, mas vão ter aquela vaga sensação e... caramba.

Eu amo você. Eu amo vocês, minhas partes. E nós todos somos tão-tão diferentes e é tudo isso que nos deixa juntos e que faz com que a gente se abrace e dance e ria e chore e... sejamos tão nós, tão nossos, tão, tão... nós somos um mar prateado de borboletas com um martelo prudente de luz brilhando em meio a noite e uma coroa e...

E eu amo vocês e quero que vocês saibam disso, que vai ser para sempre, mesmo que todo mundo se separe e coisa e tal. Eu odeio a minha cabeça, mas seria muito pior sem vocês aqui. Acho que no final das contas, mesmo o Átila tendo me ensinado que, repetindo tanto as palavras elas perdem o valor... eu não me canso de dizer que amo vocês porque... porque eu quero que vocês sintam isso.

Acho que nem era isso que eu queria dizer. Acho que eu só queria dizer um obrigada, mesmo.



Obrigada. Para sempre.